Depois que tudo o que a gente conhecia mudou do dia pra noite, o mundo todo precisou conviver com a incerteza do amanhã. Um dia nos encontrávamos com os amigos para um almoço, no outro o isolamento social. Um dia o comércio comemorava o sucesso de vendas, no outro fechava as portas sem previsão de retorno. Um cenário que tornou quase impossível imaginar um futuro minimamente concreto. Nesse clima de incertezas, muitos optaram por preservar suas finanças evitando novas dívidas a longo prazo.
Ironicamente ou não, foi nesse mesmo momento que os financiamentos imobiliários ficaram muito mais atrativos, gerando ótimas opções de negócio com grande disponibilidade de crédito e baixíssimas taxas de juros. Uma forma de aquisição a médio/longo prazo que sempre foi muito bem quista pelos brasileiros hoje contrapõe o clima de incertezas como a melhor alternativa para quem deseja realizar o sonho de conquistar o próprio imóvel.
Ainda que não seja o principal índice de correção dos financiamentos imobiliários, a queda da Selic foi fundamental para trazer o mercado imobiliário ao centro das atenções novamente. Após registrar o menor patamar da história, a Selic derrubou as taxas de juros e aqueceu a comercialização de imóveis, contribuindo com números recordes na aquisição por financiamentos imobiliários. Somente no último mês de maio, o número de imóveis adquiridos ou construídos via financiamento aumentou 194,6%, isso em comparação com o mesmo período do ano passado.
Tomar crédito para comprar o próprio imóvel nunca foi tão fácil e barato. Se antes da queda das taxas de juros você conseguia crédito aprovado de R$ 360 mil, hoje, com a mesma renda, pode chegar a R$ 420 mil. É claro que tudo vai depender da capacidade financeira de cada comprador, mas esse exemplo está bastante próximo da realidade e nos ajuda a entender o quanto o poder de compra aumentou com taxas de juros mais baratas.
Essa é a arma que o consumidor precisava para deixar as incertezas de lado e voltar a investir no seu futuro. Como se não bastasse, outros incentivos foram surgindo no meio do caminho para fomentar ainda mais o financiamento de imóveis. O setor imobiliário ganhou novas linhas de crédito, ainda mais atrativas e mais adequadas a outros perfis de compradores. Quem está mais acostumado com a dinâmica do mercado financeiro pode, por exemplo, optar por linhas corrigidas pela inflação ou pela variação da poupança. Com taxas de juros menores, essas linhas possuem maior probabilidade de oscilação e são mais indicadas para quem pretende e tem condições de quitar o financiamento em um prazo muito menor.
Agora, se a única opção for um financiamento de até 35 anos, outras soluções podem facilitar a adesão do pagamento a longo prazo. Cientes da delicada situação financeira do país, as instituições financeiras estão cada vez mais flexíveis quando o assunto é negociar contratos em aberto. A Caixa, por exemplo, já possibilita a redução das parcelas do financiamento para quem comprovar perda de renda. As reduções podem ultrapassar 75% além de, em alguns casos, ser possível também solicitar uma pausa no pagamento das prestações por até 6 meses.
Condições que no final das contas revelam uma única verdade: os bons negócios estão aí e não esperam a onda de incertezas passar. Após meses estagnada, a Selic voltou a subir e já sinaliza mudanças para este segundo semestre. Por isso, quem pretende comprar um imóvel não pode esperar muito para tomar uma decisão sob pena de perder chances únicas e exclusivas.