OPINIÃO

Teclando - 18/08/2021

Má-educação

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Má-educação

Educação não tem época. A referência não é sobre a educação com a conotação de aprendizado, que prefiro nominar como ensino. A colocação é sobre civilidade, boas maneiras ou, na prática, bons modos. Educação vem forjada de berço, de onde saímos como peças brutas que ainda necessitam de um acabamento. Na escola o esmeril retira as rebarbas, mas somente na boa convivência social encontramos a oportunidade para assimilar o polimento final. A qualidade da peça e a textura da flanela darão a magnitude do nosso brilho. Pois bem, dito isso, observo que a sociedade está excessivamente opaca quando não mal-acabada. Ponta ou toco de cigarro a maioria atira no chão ou na calçada. Existem lixeiras, mas inexplicavelmente, ainda têm aqueles que atiram nas calçadas latas, papéis, embalagens, chiclete etc. Separar o lixo, então, parece uma missão impossível, pois poucos dividem o material orgânico do reciclável.

A separação do lixo, além da assepsia e cuidado ao meio ambiente, é um exercício de cidadania, ensinando que na hora do voto também podemos separar os rejeitos. A educação passa longe daqueles que exercitam a imbecilidade do barulho com a descarga de motos e automóveis. Tem a turma dos alto-falantes nas calçadas, foguetes, o insuportável bate-estaca nos veículos ou buzinas sem necessidade nos veículos. E como o caso é, de fato, de péssima-educação, temos bandos gritando e destruindo pelas madrugadas. Como isso ainda é possível? Pergunto, pois hoje temos um acesso maior à informação tão necessária ao polimento social. A verdade é que há um abismo entre a finesse do passado e essa grossura em alta do presente. Certamente, a resposta está nos bons e péssimos exemplos de cada época. Isso porque a boa educação fica prejudicada quando a má-educação atropela a diplomacia.

Estacionamento rotativo

Não lembro exatamente quando foi implantado o sistema de estacionamento rotativo em Passo Fundo. Mas recordo-me que causou alguma polêmica. Para uns, por ser um espaço público, o estacionamento deveria ser gratuito. Para outros, as vagas deveriam ser disponibilizadas para mais pessoas. Assim, atendendo a necessidade de facilitar o acesso ao comércio, foi criada a Área Azul. Para obter um tempo limite de permanência é cobrada uma taxa. Inicialmente apenas no entorno da Praça Marechal Floriano, logo o rotativo chegou à Avenida Brasil e outras vias centrais. No entanto, pela necessidade de novas vagas, nesta semana a Área Azul foi ampliada para trechos como na Paissandu e após a escadaria da General Netto. Tudo pintadinho e sinalizado. Isso significa mais vagas rotativas. Porém, persistem os abusos. Na Avenida Brasil, o mesmo carro fica estacionado todos os dias na mesma vaga. Nas redes sociais, o professor Ironi Andrade também citou situações semelhantes. Ora, se persistirem os abusos continuará faltando vagas e logo a Área Azul chegará ao Bairro São José. E os abusados continuarão numa boa, pois parecem intocáveis.

Máscara

Infelizmente, a pandemia não acabou. Então, não entendo por que tem gente andando por aí sem máscara? Vamos com calma e sem desrespeitar regras básicas. Na ânsia pela volta à normalidade poderemos retroceder e sofrer com novas restrições. Calma, máscara e canja de galinha não fazem mal a ninguém.

Triste magnetismo

Ignorância, truculência e oportunismo andam juntos. Ao que parece se atraem. E combinam perfeitamente.

Trilha Sonora

Essa é de 1967, mas continua maravilhosa. Frankie Valli - Can't Take My Eyes Off You 


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