Tensão no ar
A cada dia que passa o ar fica mais tenso. Tensão que eclode no Afeganistão, mas serve de alerta sobre as ameaça que pairam por aqui. Num país dividido, sem o mínimo debate de ideias, há ódio no ar que respiramos. Ódio que surgiu pulverizado pelo criminoso aproveitamento das redes sociais. Formularam as mensagens que pegaram a garupa na ingenuidade e plantaram a cisão entre nós. Há uma espécie de disputa de beleza entre os poderes? Ou seria apenas o desdobramento de uma ruptura escalonada? Os acontecimentos dos últimos seis ou sete anos demonstram uma ação estrategicamente planejada. Como não há mais espaço para um estratagema abrupto, transformaram o cenário em um tabuleiro de xadrez onde cada lance provoca reações que comprometem a democracia.
Os movimentos no tabuleiro desenham o comportamento das massas já moldadas por escusos interesses. O circo de marionetes ganha força na visão unilateral sustentada por repetitivas mensagens. Como não param de jogar lenha na caldeira, é claro que a pressão aumenta. Ao que parece, o objetivo é elevar a pressão ao máximo. O vapor que sai da válvula de escape já toma conta do ambiente e a tensão paira sobre as nossas cabeças. É um clima apreensivo que provoca rompimentos, destrói amizades e engole a pureza da nossa convivência social. Essa angústia aumenta ao vermos as cenas nauseantes das armas tomando o poder no Afeganistão. Ficamos apreensivos diante da possibilidade de qualquer anormalidade. Temor pelo retrocesso. Temor pelo autoritarismo.
Palestra ao telefone
Propaganda é interessante, mas tudo tem limites. Você liga para uma empresa de telefonia ou similar e é obrigado a ouvir uma palestra sobre a empresa e seus produtos. E, como a gente somente liga para esses serviços quando necessita de algo com urgência, a propaganda parece um daqueles intermináveis sermões das missas dominicais de antigamente. Depois digita uma longa sequência do que solicitam para, enfim, ser atendido. Então dá um tilt, para tudo e voltamos à estaca zero. E repetem a mesma palestra. De tanto baterem na mesma tecla, acabamos decorando as propagandas. E não resolvemos o que pretendíamos.
Maratona do saque
Você chega num caixa eletrônico, geralmente com pressa, e perde um tempão com mensagens sobre crédito consignado, seguros, investimentos e outros produtos bancários. É um estorvo, um incômodo para quem necessita apenas sacar um dinheirinho ou realizar outra operação. E agora, durante a pandemia, também é um risco, exigindo mais tempo de permanência no local e aumentando a aglomeração nesses caixas. Além das propagandas, o incauto usuário ainda deve contar com o fator sorte para utilizar o terminal certo. Alguns ficam desligados, outros não soltam o cartão e muitos não têm dinheiro. Porém, depois dessa maratona, você já sabe em quantos meses pode ser pago um empréstimo. Resumindo: não consegue sacar, mas acaba sacando tudo sobre operações bancárias.
Placa desaparecida
Há uns quatro anos, havia uma plaquinha na esquina da Brasil com a General Neto indicando, para quem vem do Boqueirão, que é proibido dobrar à esquerda. Um carro derrubou a placa. Iniciaram e terminaram as obras na Avenida e a plaquinha ainda não voltou. Onde andará aquela placa? Voltará ou agora já seria permitido fazer o retorno naquele cruzamento?
Aleluia
Ao que parece, finalmente, estão acabando com alguns privilégios na Área Azul de Passo Fundo. Na Brasil, entre a Bento e o Comercial, aquela ‘vaga cativa’ parece que está liberada. Pelo menos nos primeiros dias desta semana não foi utilizada pelo mesmo motorista. Três batidinhas na madeira!
Trilha Sonora
Há 73 semanas na lista Adult Contemporary da Billboard, mais de meio ano no primeiro lugar e agora no segundo posto: The Weeknd - Blinding Lights