Sem perder o fio da meada
A pane que atingiu algumas redes sociais na segunda-feira provocou uma espécie de pânico. Alguns encararam a situação como se fosse o fim do mundo. Conspiradores de plantão e oportunistas de carteirinha não perderam a carona para propalar seus habituais absurdos. Mas essa breve interrupção dos serviços é importante ponto para reflexão e também um alerta. Assim, medimos da importância à dependência dessas redes. Foi prejudicial para quem atrelou as seus serviços exclusivamente às redes sociais. Mas, fora disso, foi apenas um incômodo. Aqueles que vincularam os seus negócios às redes sociais e sofreram com a pane, poderiam também conectar suas atividades a outros meios. Ou telefone e endereço físico não existem mais?
Na verdade o mundo não parou. Pararam apenas alguns canais, que usamos exageradamente e somos dependentes por opção. Então, essa paradinha também foi um importante alerta. Imaginem quando toda a internet tiver uma pane? E ficarmos por um ou dois dias absolutamente desconectados? Para muitos seria o caos nas comunicações. Até poderá ser bastante desagradável, mas não será o pandemônio. Digo isso porque tenho mais tempo de telefone do que de internet. Posso escrever uma carta numa folha de papel. Telefonar ainda é possível. E podemos utilizar o rádio, sempre eficiente em ondas médias ou curtas. Simples. Sem provedor, sem vírus, sem mensalidades e funciona conectado apenas a uma antena.
Estou ultrapassado? Eu não! Prova disso é que a telefonia celular tem como base o princípio das repetidoras dos radioamadores. A tecnologia de hoje é fascinante, mas está estruturada naquilo que foi descoberto e desenvolvido ontem. A eletrônica digital é fantástica, porém ainda depende da “velha” energia elétrica, das ondas hertzianas e de alguns pedaços de fios. E, já de olho na iminente crise energética, é bom ficar preparado para viver sem energia elétrica. É possível, sim. E, sem telinhas, vamos olhar mais pela janela para ver o mundo. Ora, não dependemos de redes sociais para respirar, viver, comer, beber, amar e ser feliz.
Panettone salgado
Panettone salgado? Antes de torcer o nariz, prove! Tinha visto ainda no ano passado e não deu tempo para experimentar, pois sumiu rápido das prateleiras. Na última semana ele reapareceu nas gôndolas do Zaffari do Bella Città. É feito pela Bauducco, mantendo a consagrada massa da marca, com toques de queijo parmesão. Finalmente acabei com a minha curiosidade sobre o panettone salgado. É delicioso, vai bem como torrada matinal ou para acompanhar uma refeição e harmonizou com o famoso quibe do Jorge Gerhardt. Agora vou inventar outras combinações.
É inacreditável
Na mesma avenida, o mesmo carro, na mesma vaga todos os dias. Se alguém ainda não tem conhecimento, informo que isso ocorre há mais de um ano na Avenida Brasil, no trechinho entre a Bento e o Clube Comercial. Sim, em plena Área Azul onde vigora o estacionamento em formato de vagas rotativas. Ora, será que nesse tempo todo nenhum responsável pelo monitoramento e/ou fiscalização da Área Azul constatou essa irregularidade? Estranho, pois vejo o pessoal passar pelo local. Exceto, é claro, que exista algum motivo muito especial para, digamos assim, não enxergar esse privilegiado veículo.
Velha Guaíba
Não recordo desde quando, mas sempre fui ouvinte fiel à Rádio Guaíba de Porto Alegre. Também dava umas escapadinhas no dial para ouvir a Rádio Jornal do Brasil do Rio. As duas emissoras tinham em comum a garantia de não ferirem meus ouvidos. Não apenas nas suas excelentes programações musicais, mas também na correção impecável e entonação agradável de seus locutores. Como profissional da latinha, incorporei muito dos dois estilos em especial o velho Padrão Guaíba. Hoje não encontro mais no ar aquelas músicas que rodavam na Guaíba. Nem na própria, que mudou muito seu estilo. E não digam que isso é apenas nostalgia ou coisa de velho. É pura carência de um ouvinte com ouvidos bem acostumados.
Trilha Sonora
Na Música da Guaíba, de Tom Jobim e Chico Buarque com a Orquestra Tabajara – Anos Dourados