Digníssima dignidade
Quando passamos por um momento crítico, onde as incertezas flutuam em meio ao ódio gerado pela discórdia, buscamos pela paz. A paz está nos templos, terreiros ou outros oratórios. Ontem, 12 de outubro, homenageamos a Mãe Oxum e Nossa Senhora Aparecida. A reverência teve rosas amarelas nas águas doces dos rios ou procissões por quase todo o Brasil. Mais do que um sincretismo religioso, Aparecida e Oxum têm em comum a benevolência e a dignidade. Então, quando falamos em paz também queremos a dignidade. Isso significa respeito ao ser humano. A dignidade é ser gente. Somos todos dignos da mais pura dignidade. Dignidade, para respirar, comer, dormir, trabalhar, amar, aprender ou, simplesmente, viver e receber o respeito como ser humano. Ora, se somos gente, necessitamos de dignidade. Onde houver alguma carência, falta dignidade.
No momento em que não há respeito pelo ser humano estão afrontando a dignidade. Não importa a idade, origem ou condição social, todos exigem respeito como semelhantes. O respeito à dignidade pode vir de berço, quando nos ensinam a amar ao próximo. Porém, quando o ódio entra na alma, pode cegar as pessoas e acabar com o respeito aos semelhantes. É bom lembrar que também compete ao poder público garantir a dignidade, não permitindo o desamparo ou situações que machuquem a integridade física ou moral. Suprir necessidades é um ato digno de seres dignos. Ninguém pode ser feliz vendo a desgraça do ser humano. Então, direta ou indiretamente, ontem pedimos por mais dignidade. E, é claro, para que não afrontem ainda mais a dignidade daqueles que já carecem de mais respeito. Qualquer gesto contra a dignidade de alguns é uma agressão coletiva. Sejamos dignos de nós mesmos.
Motos
De uns tempos para cá, o ronco da descarga das motos carrega mais decibéis. Parece que utilizam um escapamento projetado com o objetivo de fazer mais barulho. E a turma anda abusando no ronco dos motores. Então, resta perguntar: alguém está multando os infratores?
Caminhonetes
De uns tempos para cá, as possantes caminhonetes também andam mais barulhentas. Inclusive com sistema de escapamentos diferenciados que produzem uma espécie de apito. Outros, ainda mais barulhentos, aderiram à retirada do silenciador. Isso é fiscalizado?
Cavalos
De uns tempos para cá, virou moda atravessar a cidade a cavalo pela Avenida Brasil. O problema é que os animais vão deixando marcas pelo canteiro central. Ora, se os donos recolhem os dejetos de seus cachorros, o esterco dos cavalos também não deveria ser recolhido? Alguém cuida disso?
Alô, alô
Não é de hoje que, diariamente, o mesmo carro ocupa a mesma vaga no estacionamento da Área Azul na Avenida Brasil. Isso ocorre em trecho entre a Bento e o Clube Comercial, onde as vagas são rotativas. Será que ninguém do serviço de fiscalização da Área Azul detectou esse abuso? Isso ocorre em área pública e, portanto, é de interesse coletivo. Mas, lamentavelmente, ninguém faz nada para acabar com isso. Até quando? Alô Codepas. Alô PGM. Alô MP.
Pandemia
Pensei que o retorno do público aos estádios de futebol durante a pandemia seria de forma gradual. Fiquei surpreso ao ver as imagens de arquibancadas lotadas, torcedores grudados que, em grande maioria, sequer utilizavam máscaras. Será que acabou a pandemia e não me avisaram?
Trilha Sonora
Não faz muito tempo, ligávamos o rádio e encontrávamos a sempre aconchegante música instrumental como essa do saxofonista italiano Fausto Papetti — Come Vorrei