OPINIÃO

Teclando - 20/10/2021

Quando a nostalgia faz bem

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Quando a nostalgia faz bem

Somos nostálgicos por natureza. Acho que ao nascermos já chegamos com saudades do ventre materno. Engatinhamos por teimosia, pois sabíamos como era gostoso o aconchego de um colinho. Mal damos os primeiros passos e já bate uma vontade de voltar a gatinhar. Da escola ao trabalho carregamos reminiscências. E, assim, durante a vida toda temos recordações que atiçam a nossa lembrança. Aquilo que vivenciamos sedimenta-se na memória e, desta forma, integra o nosso potencial de conhecimento. Observem o brilho nos olhos de quem conta uma história, recorda de locais ou pessoas. É puro orgulho da carga obtida através do tempo. Nessa viagem nos lembramos de comportamentos, marcas, músicas, filmes, namoros, bares e até mesmo das roupas que usávamos.

Ora, se o futuro é um mistério, o passado é uma certeza. O mais importante é que o seu conhecimento é uma ferramenta no presente. A história é assim. A estatística idem, com base naquilo que já ocorreu, é uma poderosa arma com preciosas informações de ontem para o hoje. Por mais lindas que sejam as nossas lembranças, o passado sempre será um pouco melancólico, pois já foi carregado pelo tempo. O ontem não volta mais e isso é triste. Então, quando entramos em transe nostálgica corremos o risco de ficar muito para baixo. Mas, como é indiscutível, o que importa mesmo é o futuro. Assim, para evitar crises de tristezas saudosistas, olhe para o futuro. É bem simples. Basta erguer a cabeça com uma visão futurística para cima. Observe o céu azul. Céu? Ora, céu lembra avião. E avião lembra a Varig e, então, começa tudo de novo. Ah, que saudades da nossa Varig!

Boka – O Retorno I

Desde o início de março de 2020 eu não entrava no Boka. Uma ausência recorde de um ano e sete meses provocada pela pandemia. Mas a volta não foi nada fácil. Muito além dos riscos da pandemia, tive que encarar os vácuos que ela deixou em nossas vidas. Após um fôlego de coragem, na segunda-feira à noite voltei ao Boka. Não foi apenas para quebrar um gelo, pois era necessário desfragmentar um iceberg emocional. Certamente, a emoção pelo reencontro com a turma ajudou na tentativa de compensar outras emoções. Os olhares mesclavam a alegria pelo reencontro com uma imensa tristeza em comum. O Boka sem a presença do Edu era algo impensável. Mas é a realidade que chega puxando uma nova geração.

Boka – O Retorno II

Toda volta merece um brinde. Depois de quase 20 intermináveis meses, finalmente pude tomar um chope, no melhor estilo do Boka, com o inigualável chope da Brahma. Obviamente, no meu já tradicional copo tubo. E para não deixar o chope em solidão sobre a mesa, não faltou um cálice de steinhäger que cumpriu com maestria a função de schnapps. Tudo isso em meio ao carinho do pessoal da recepção, do salão e da cozinha. Como faz bem à alma sentir a vibração das boas almas que nos rodeiam. Desta vez, abdiquei do meu preferido Maracanã por outro prato. E, de olho nas novidades, conferi novos itens que integram o cardápio sem prejuízo daquilo que todos já conhecem. Parece que nos próximos dias reabre o lendário Bokinha. Mas a data exata ainda depende da confirmação dos Irmãos Wentz. Então, depois da volta ao Boka, já estou ensaiando o retorno ao Bokinha. Forte abraço e obrigado a todos por tamanho carinho.

Até quando?

Há mais de um ano, um mesmo carro ocupa a mesma vaga no estacionamento rotativo da Área Azul na Avenida Brasil, entre a Bento e o Comercial. Na semana passada a fiscalização entrou em ação para coibir o abuso. Na segunda-feira parecia que a ordem fora retomada naquela área. Porém, ontem, o desrespeito voltou ao estágio vergonhoso ditado pelos abusados. Até quando persistirá essa injustificável situação?

Trilha Sonora

A dica é do querido amigo Bibi, que alguns conhecem como Carlos Oberdan Vieira. De 1969, The Hollies - He Ain't Heavy, He's My Brother


Gostou? Compartilhe