Apenas selvageria?
Olhar a depredação dos monumentos na Praça Marechal Floriano é, no mínimo, revoltante. A cena é muito triste e repugna a alma da cidadania. Não é apenas furto qualificado do patrimônio público. Também vai além de depredação, selvageria ou insana rebeldia. Estamos diante de um grave caso de desrespeito à sociedade, afronta às leis e provocação às instituições. A princípio não podemos fugir da carência de educação e dificuldades na segurança pública. Pessoas educadas abominam atos como esse e agentes públicos não permitem que isso ocorra. Mas segurança também envolve a inteligência investigativa. Então, seguindo a máxima de Lavoisier, entendemos que as placas subtraídas dos monumentos não se perderam por aí. Permanecem intactas ou foram transformadas. Ora, então há um destino.
Mas, fora dessa linha especulativa, sabemos que nos últimos anos há muitos registros de selvageria. São fatos retrógrados que colocam em xeque a condição de Passo Fundo como a Capital da Literatura. Por outro lado, temos anúncios cíclicos sobre novas câmeras de segurança, mais tecnologia e moderna iluminação. Ora, é muito arriscado furtar em pleno coração da cidade diante da vigilância eletrônica, policiamento e testemunhas. E, como foram vários os monumentos depredados, a ação exigiu planejamento e um bom número de envolvidos. Trabalho em equipe que, pelo peso das placas, contou com boa logística. Então, já que até falam em Terra plana, também vale uma pitada da teoria da conspiração. Seria um simples furto de metais ou uma borracha apagando a nossa história? Até porque, da Mãe Preta a Getúlio Vargas, temos um longo período para conhecer melhor por onde pisamos. Lindos ou tristes, esses são os ladrilhos que pavimentam o nosso chão.
Abuso em dose dupla
Após um breve recesso, o já famoso infrator da Área Azul está de volta. Mantém sua vaga quase exclusiva entre a Bento e o Comercial. Mas o abusado nem sempre está sozinho. Algumas vezes conta com a companhia de um colega transgressor. Segunda-feira, dois carros permaneceram por quase seis horas ocupando duas vagas que, teoricamente, seriam rotativas. Sim, abuso em dose dupla. E até a fiscalização foi em dose dupla com a chegada de duas monitoras. Os infratores despejaram explicações. Será que foram notificados? Ou, no mínimo, pagaram pelo tempo de uso das vagas? Ou, ainda, esse intocável infrator gozaria de algum tipo de imunidade ou blindagem?
Black Month
Pela agitação desde o início do mês, pensava que o Black Friday seria na emblemática sexta-feira 13. Mas na seguinte, dia 20, aumentou a barulheira. Ora, então tivemos praticamente uma Black Week. Não. De fato, o Black Friday será na próxima sexta-feira, dia 27. Ora, então não é apenas uma sexta-feira com grandes promoções. Imitamos, espichamos ao jeitinho brasileiro e o Black Friday virou Black Month. Então, que o mês seja proveitoso para os dois lados do balcão!
Jacarezão
Ontem, tomei a terceira dose sem gelo. Atendimento impecável no CAIS da Vila Luiza. Fila pequena, agilidade da recepção à agulhada. Desta vez foi servida a da Pfizer, cujos produtos elevam até mesmo inusitados pensamentos. Depois de duas Coronavac e uma Pfizer, passo por grande evolução como réptil. Não sou mais um jacarezinho qualquer e sinto-me como um enorme crocodilo. Isso significa que a quarta dose será mesmo no lendário Batatas. Vacina no braço, rock no Menor Palco do Mundo© e amassos estilo lagartixa na parede.
Barulheira
A cidade está muito barulhenta ou seria um suposto amarelamento dos meus documentos?
Trilha Sonora
The Alan Parsons Symphonic Project - Eye In The Sky