Falta elegância e sobra grossura
Ao observar a presença de algumas pessoas numa ponta da faixa de segurança, no outro extremo o motorista parou o seu caminhão. Porém, nas outras duas pistas, passaram 18 veículos. Ninguém parou. Ou seja, o gesto de civilidade de uma pessoa foi neutralizado pela falta de consideração de outras 18. Por que isso ainda ocorre? Simplesmente pela mais absoluta grossura. Será que, entre educados e grossos, teríamos em Passo Fundo essa proporção de 1 para 18? Há muito, convivemos com a carência em civilidade, enquanto a finesse e o cavalheirismo definham tristemente. Há clima propício, forte incentivo ao tom de prepotência e uma espécie de orgulho em ser feito a facão. A busca insaciável pela evolução foi substituída pelo frenético retrocesso comportamental.
A grosseria está em alta e, pelo que vejo, induz a pisar sobre a grama nos canteiros e nas praças. A grossura produz o desleixo para com os ouvidos alheios, detonando a barulheira em múltiplas formas. E, sem eufemismos, isso é comportamento de gente grossa. Seria apenas por falha no ensino e desleixo na educação ou estamos vivendo uma grave crise de índole comportamental? Para ser educado, fino ou elegante, basta um simples gesto ou uma palavra em tom de amabilidade. Infelizmente, já não vemos mais alguém abrir a porta do carro para o seu amor. Ou puxar uma cadeira para ela sentar? E isso não é coisa do passado. Até porque, não importa a época, os frutos do cavalheirismo não perdem o charme e colhem os mais aconchegantes resultados. Mas, diante da grossura explícita que nos cerca, definitivamente, a deselegância está em alta. E só a elegância pode neutralizar a grossura reinante.
De volta ao lar
Em clima pandêmico, ainda vivo cercado de cuidados. Mas, aos poucos, vou relaxando a guarda e respirando as boas vibrações da Independência. Na semana passada, atendendo convocação do querido Roberto Otto, estive no Boka para provar uma das novidades da casa. Desta vez experimentei um delicioso entrecot ao ponto, que merece todos os elogios à Jaqueline e às meninas da cozinha. Como faz bem sentir-se em casa. Dani de folga e fui atendido pelo Lucas. Bom papo com o velho Toninho e o Alexandre (Luxa), enquanto o outro Alexandre se recupera de um acidente. Força!
E o Batatas?
É claro que na subida da Independência dei uma espiada (de longe) no Batatas. Após forte mentalização, superei todas as tentações. A verdade é que o meu retorno ao Batatas virou papo recorrente. Ou já seria folclore? Pois bem, prometo, num domingo desses, eu volto. E, como diz o Zé Tendeu, vai voar caco!
Feriado
Quarta-feira, 08 de dezembro, feriado alusivo à Nossa Senhora da Conceição. No sincretismo com religiões afro-brasileiras, é representada por Oxum Pandá. A dica do Pai Magno é para homenageá-la com rosas amarelas e fazer os seus pedidos.
Cremosidade
Além da icônica chaminé, a Brahma também deixou um forte vínculo com os passo-fundenses. Por essas bandas, há muito tempo chope é o do Brahma e não tem discussão. Agora, o marketing da AmBev descobriu a palavra-chave que sempre ouvimos aqui em Passo Fundo: cremosidade. E a cremosidade continua fazendo sucesso por aqui, especialmente nas festas de final de ano. É providencial reservar com antecedência na Chopp Brahma Express, pois acaba faltando máquinas para o Natal e o Ano Novo. Só não falta a nossa velha conhecida cremosidade.
Ponte aérea
Pela demanda observada nas últimas semanas, já comportaríamos uma ponte aérea Passo Fundo-Curitiba.
Estacionamento
Deixa quieto. Shhhh...
Trilha Sonora
Escola e música têm tudo a ver. Formada por jovens da Eslovênia, a Orquestra Sinfônica de Gimnazija Kranj – Copacabana