Querido Papai Noel
Final de ano das correrias, sonhos, sentimentos fraternos à flor da pele e muitos desejos. Festas emendadas, Natal e Ano Novo têm significados religiosos e místicos. No nosso imaginário, o peru é recheado com aspirações e o leitão chega acompanhado de superstições. Não importa o ponto deste planisfério (ponderação gramatical!), é um encontro de sonhos, Fé e esoterismo. Festas religiosas ou comerciais, pouco importa. É Natal dos cantos que ecoam por todos os cantos e dos enfeites que enfeitam por todos os ângulos. Papai Noel existe e isto não se discute. O bom velhinho age como um para-raios para absorver a carência retratada pelos desejos das crianças. Os pedidos ao Papai Noel estão carregados de autenticidade, em pedaços de papel que expressam a realidade com a pureza da inocência.
Brinquedos simples, brinquedos inusitados e comida! Também clamam contra todas as mazelas, pedem estudo, paz e harmonia familiar. Já li muitas dessas cartinhas, que podem ser divertidas ou muito tristes. Mostram as distintas condições de vida que têm em comum o desejo de conseguir o melhor. É desta forma que Papai Noel, como um intermediário de vibrações, recebe pedidos para transformar necessidades em felicidade. São vibrações de fraternidade e esperança. Então, querido Papai Noel, peço pela harmonia sem perder a lógica e que Terra continue girando, da mesma forma como as bolinhas que enfeitam as árvores natalinas. E, é claro, que nunca nos falte a esperança. Feliz Natal!
Contrabando
Prática milenar da humanidade, o contrabando não é nenhuma novidade. Praticamente institucionalizado e até praticado abertamente em áreas públicas, tem invejável flexibilidade. De acordo com a variação cambial, a fronteira Brasil-Argentina é um convite ao descaminho. Houve época em que traziam da Argentina pneus, depois azeite de oliva, azeitonas, vinhos, perfumes e algumas iguarias. Agora, estão contrabandeando gasolina. A explicação está na mais pura matemática. Por aqui o litro custa na faixa de R$ 6,90, enquanto los hermanos vendem nafta por menos da metade: R$ 3,20.
Barulheira I
É inacreditável, mas ainda encontramos raros estabelecimentos que despejam som pelas calçadas. Alguns, mais insanos ainda, atingem até mesmo ao outro lado da rua. Essa indelicada e péssima conduta é característica de pessoas mal-educadas. Isso fica comprovado pela esbórnia sonora que amplificam, pois é algo que sequer podemos enquadrar em algum gênero ou estilo musical. Então pergunto: esse barulhento desrespeito coletivo atrai algum cliente? Mas, já que a ignorância parte de dentro para fora, também deveria resultar numa reação inversa. Será que alguém fiscaliza isso?
Barulheira II
Nos últimos anos a barulheira produzida pelos veículos aumentou consideravelmente. Agora, em pleno solstício de verão, ficou insuportável. Arrancaram os escapamentos de motos, carros e caminhonetes. Assim, como se comandassem máquinas mortíferas, os infratores agem propositadamente para fazer ainda mais barulho. Esticam marchas, reduzem em alto giro e ainda usam outros artifícios do barulho. Entre o ronco de uma máquina e outra, o silêncio é usurpado pelo som detonado nos alto-falantes. Isso é permitido? Alguém fiscaliza essas criminosas irregularidades?
Reencontros
Correrias de última hora, viagens e festas marcam o final de ano. Gente que vai para a praia, gente que vem para Passo Fundo. Sabe aqueles rostos conhecidos que há tempos você não via? Nesses dias poderá encontrá-los pela cidade. É a turma que veio para as festas com familiares e amigos. O reencontro pode ser no Boka, onde matam saudades do lanche Made in Passo Fundo, ou num café no Bar Oásis. Abraços nostálgicos e muitas histórias para contar. Fim de ano também provoca a nostalgia e boas lembranças.
Batatas
Volto neste ou no próximo ano?
Trilha sonora
Natal lembra a Varig. Ou, como diria o Brizola, “a nossa Varig”. O jingle de Caetano Zama é trilha sonora de Papai Noel nos céus do Brasil. Meninas Cantoras de Petrópolis – Estrela Brasileira