OPINIÃO

Renovam-se as esperanças na Academia Passo-Fundense de Letras

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A humanidade viveu (e continua vivendo, diga-se a bem da verdade) tempos difíceis, em 2020 e 2021. Para a Academia Passo-Fundense de Letras não foi diferente. A atividade institucional precisou se radicalmente alterada. Os encontros presenciais, pelo devido respeito às medidas de saúde publica, foram substituídos pelos virtuais, alguns projetos caros para a instituição precisaram ser cancelados (o Encontro das Academias de Letras do RS e o Cultivando Talentos, para citar apenas dois exemplos) e, não obstante as limitações impostas pela pandemia, muitas outras coisas foram feitas.

Ainda que as nossas certezas, nesses tempos de Covid-19 e novas variantes, pareçam quase irrelevantes diante do imponderável futuro, temos muito a comemorar: ESTAMOS VIVOS! O nosso Sodalício das letras locais não pereceu. Ao contrário, reinventou-se e renovou-se. O quadro de acadêmicos foi recomposto, permitindo, desde há muito tempo, que se inicie um ano-acadêmico, no caso 2022, com as 40 cadeiras ocupadas. E uma nova direção foi recentemente escolhida (18/12/2021) e deverá comandar a agremiação no biênio 2022-2024.

No honorável cargo de presidente da Academia Passo-Fundense de Letras, eu escolhi GRATIDÃO como a palavra mais adequada para resumir o nosso sentimento nesse momento. E gratidão não por pouca coisa, pois, apesar dos percalços, conseguimos manter viva a esperança e gozar da confiança e do apoio dos pares. A união em prol do ideal da instituição, um legado de 84 anos (desde 7 de abril de 1938) de respeito à pluralidade (formação profissional, crença religiosa, ideologia política, etc.), foi preservada. E assim, ao levar à risca A INDIFERENÇA ÀS DIFERENÇAS (excluindo-se aquelas que aviltam à dignidade da pessoa humana; evidentemente), o todo se saiu, nesses dois últimos anos, muito mais forte do que a mera soma das partes.

              Em rápido balanço da gestão que se encerrará no próximo dia 12 de fevereiro, podemos incluir: o sítio Internet da instituição repaginado; o bem-sucedido concurso “Gaúcho Doador de Sangue”, em parceria com o Hemocentro do HSVP; a conclusão do livro sobre Meirelles Duarte (lançamento em 2022); uma edição da revista Água da Fonte publicada (e outra organizada, com previsão de publicação no começo de 2022); a participação institucional nas discussões sobre projetos culturais para o município em agendas com os candidatos a prefeito; a Webinar “Academias de Letras: seus propósitos e suas ações em tempos de pandemia”, levada a cabo em parceria com a Academia Rio-Grandense de Letras; a participação ativa dos membros da APLetras na programação da Semana do Município 2021; a renovação da parceria com o HSVP-UPF-7ªRT para o concurso “Gaúcho Doador 2021-2022”; o Edital 03/2021, de abertura do processo seletivo de novos acadêmicos (que teve 11 candidatos inscritos); a recuperação do mobiliário (cadeiras) e a dotação de cortinas novas ao auditório; a padronização das estantes e a organização da biblioteca, a padronização das molduras da galeria de arte dos quadros capas da revista Água da Fonte; a limpeza da Linotypo; a atuação da Academia na organização da Festa Literária, realizada na Estação da Gare, de1º a 5 de dezembro, antecipando os preparativos para 2022 no sugestivo slogan “Feira do Livro – Próxima Estação 2022”; e, culminado o ano, a escolha da nova direção do Sodalício, em Assembleia Geral realizada no último dia 18 de dezembro.

Nesse período, os acadêmicos, cumprindo os seus desígnios, prefaciaram obras de escritores locais e escreveram as suas próprias. Publicaram livros, os acadêmicos Carlos Antonio Madalosso (Autobiografia), Agostinho Both (Vim, Vivi, Escrevi), Elmar Luiz Floos (Maximizando o rendimento da soja), Antonieta Rovena Gonçalves Dias (Igreja Quadrangular Internacional), Marilise Lech (Humanização pela educação), Daniel Viuniski (Culpado ou Inocente – Vivemos o Júri), Ivaldino Tasca (Portas), Mauro Gaglietti (Covid-19: o avesso do desavesso) e Gilberto Cunha (Ah! Essa estranha instituição chamada ciência: Borgelatria e outros ensaios).

Em 2022, desejamos boas vindas aos novos acadêmicos: Aleixo da Rosa; Cleuza Rejane Ochôa Ughini; Djiovan Vinicius Carvalho; Eládio Vilmar Weschenfelder; Ironi Gozzi de Andrade; Luciana Marinho Albrecht; Patricia Godoy Ritter de Bairos; Roque Gilberto Annes Tomasini; e Silvana Alba Scortegagna. E, temos a certeza, que o Sodalício estará em boas mãos sob uma nova direção: Marilise Brockstedt Lech, presidente; Marisa Potiens Zílio, vice-presidente; Agostinho Both, secretário-geral; Elisabeth Souza Ferreira, primeiro secretário; Elmar Luiz Floss, segundo secretário; Daniel Viuniski, primeiro tesoureiro; e Luis Lopes de Souza, segundo tesoureiro. E para a Comissão de Contas e Patrimônio, também com chapa única, assim constituída: Fernando Miranda, presidente; Pia Elena Zancanaro Borowski, relator Antonieta Rovena Gonçalves Dias, conselheiro titular; tendo Marcos Antônio Bulgos de Andrade, Mauro José Gaglietti e Júlio César Perez como suplentes.

Não podemos ignorar, todavia, as perdas de pessoas queridas nesses dois últimos anos. Entre tantas: as mortes dos acadêmicos André Agostini (Dedé), José Ernani de Almeida e Santina Dal Paz; e do ex-acadêmico Bona Garcia. Antonieta Rovena Gonçalves Dias teve de suportar a perda do amado Vilson Sebastião da Luz, Ivaldino Tasca do irmão Ivo Tasca, Marisa Zilio do neto Benício, Adelvino Parizzi do filho Rogério; e, ainda, as mortes dos casais de amigos da APLetras, Édison e Clea Nunes e Tânia e Pedro Du Bois. Os nossos respeitos aos que sentiram mais intensivamente a dor dessas perdas.

Temos fé, que, com o avanço da vacinação no mundo tempos melhores virão. Renovam-se as esperanças! Saúde e Paz e boas entradas de 2022.

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