Quente e frio
Fazia calor. Choveu, refrescou um pouco e à noite até esfriou. Mas o ano começou muito quente e sem chuvas. Reclamávamos do calor. E com razão, pois a temperatura esteve muito acima das médias de janeiro. Ainda não nos esquecemos do janeiro tórrido e já estamos criticando a queda na temperatura. No termômetro a queda foi brusca, então também sentimos a mudança. E continuamos reclamando. Porém, esquecemos que vivemos e até dependemos do frio e do calor. Acho que o melhor exemplo dessa convivência está na cozinha. Aquecemos a água para o café. Ah, o café ficou muito quente? Então deixa esfriar. Em seguida, colocamos a água para refrescar na geladeira. Ou vamos mais longe ainda, pois transformamos a mesma água em gelo. E, nessa eterna luta com a temperatura, retiramos a carne do freezer para descongelar. Aquecemos a manteiga, que estava na geladeira, para preparar a comida.
Enquanto o forno esquenta, colocamos pedras de gelo no copo. Aquecemos os alimentos, enquanto gelamos a cerveja. A cerveja congelou? Passa água na garrafa para aquecer um pouquinho. Os pratos, que preparamos no calor do fogão, logo serão conservados pelo frio da geladeira. Aquilo que comemos e bebemos está no intenso fluxo entre fogão e geladeira. É um interminável vaivém. E, ainda, uma eterna dependência. Não podemos nos esquecer de que ainda temos o ar-condicionado, que pode refrescar ou aquecer o ambiente enquanto lutamos com as temperaturas extremas da cozinha. Ou do banheiro, onde nos revezamos entre banhos quentes e frios. Sequer paramos para lembrar que o fogo nos acompanha desde a Era do Paleolítico. Já o refrigerador é bem mais recente, pois foi inventado em 1856. Aquecemos e esfriamos. Mas estamos sempre reclamando do frio e do calor. Mas fique frio. Não esquente a cabeça com isso.
Ainda o barulho
Não é nenhuma novidade que muitos carros, caminhonetes e motos roncam alto pelas ruas de Passo Fundo. Assim, seria interessante contar quantos veículos passam por uma quadra da Avenida Brasil com o escapamento irregular em uma hora. Seriam cinco, dez, 15 ou mais? Ainda não contei, mas estimo que fique nessa faixa. Pois bem, então sabemos que existem ruidosos infratores. Assim, seria muito interessante termos também uma ideia de quantos desses veículos barulhentos são multados diariamente. Ou apenas o volume de infratores multados a cada semana pelo excessivo barulho. Ora, se é público, notório e audível que existem carros e motos roncando por aí, também devem existir infratores penalizados. E, é claro, na mesma proporcionalidade do barulho que produzem.
Mais barulho
Em relação ao uso de alto-falantes nas lojas, o amigo Lauro Röesler, um expert no Direito Ambiental, lembra que os equipamentos não podem ficar direcionados para a rua. Ou seja, não é permitido despejar decibéis para o passeio público. Então, aqueles que gostam de barulho, fiquem com ele. Mas não pulverizem para terceiros. Isso vale para barulho, mau cheiro e tudo mais que prejudique o meio onde vivemos. Simples. Aliás, óbvio. Pena que algumas cabeças-duras ainda não absorveram essa lógica.
Piloto por um dia
O Aeroclube de Passo Fundo vai pousar no Passo Fundo Shopping. Será de 10 a 27 de fevereiro, através da exposição “No Ar”, junto à praça de alimentação. O shopping será transformado num autêntico hangar, pois abrigará um avião de verdade! E, é claro, simulador e aeromodelos, incluindo uma réplica do CAP-4 do Aeroclube, o emblemático PP-HJA. A mostra permitirá ampliar a proximidade da Escola de Aviação Civil com a comunidade. E ainda serão sorteados voos panorâmicos num interessante formato: “piloto por um dia”. Quem ganhar terá a oportunidade de sentir-se como um aluno do Aeroclube, com briefing, inspeção de aeronave e um voo sobre a cidade. Apertem os cintos e bom passeio.
Trilha sonora
Pink Floyd - Another Brick In The Wall