Gim
Vivemos épocas e modismos. A moda de agora é beber gim. Se as épocas são períodos naturais registrados pelo tempo, os modismos são registros momentâneos e, geralmente, impostos. O gim está em alta, mas não é nenhuma novidade para quem já passou dos 50. Quem da minha geração não tomou um porre do clássico gim-tônica? Diz a lenda que a icônica mistura foi inventada na Índia, quando os ingleses (invasores!) driblavam a malária com o amargo quinino. Para facilitar a ingestão do insuportável medicamento acrescentaram água gaseificada. Pronto, surgiu a água tônica. Mas e o barato? Ora, os ingleses levavam na bagagem o gim holandês, que foi misturado à borbulhante água amarga. Beberam gim-tônica, estavam protegidos da malária, relaxaram a fleuma e ficaram mais alegres.
Mas o gim teve época de ouro no cinema. Desfilou elegante nos clássicos da telona com o requintado Dry Martini. Sim, além de uma parte de vermute seco, aquela charmosa taça carrega duas doses de gim onde se equilibra uma azeitona. Mas, por detrás dos panos, o gim puro ou com gelo também levou quase uma geração de Hollyood. Então, já que agora o gim domina as coqueteleiras, a turma está apreciando maravilhas com uma lendária bebidinha. A vodca também já esteve na vitrine por algum tempo. Antes tivemos a fase do uísque e, recentemente, descobriram o bourbon. Assim, dando uma espiada na prateleira, aposto que logo, logo, o rum voltará a ter o destaque que merece. E não vai ficar apenas na histórica Cuba Libre. A bebida dos piratas permite maravilhas à criatividade do bartender. Um brinde. E beba com moderação...
Caminhar é um perigo
Vida de pedestre não é fácil. É de alto risco. A ruas não são uma boa opção, pois é perigoso dividir espaço com automóveis, motos, ônibus e caminhões. Já as calçadas exigem algum malabarismo para desviar mercadorias, carrinhos, balcões de ambulantes e algumas placas. Em meios às manobras, ainda corremos o risco de atropelamento pela turma do skate. Então os canteiros centrais das avenidas seriam excelentes opções para caminhar com segurança. Mas agora já não são mais seguros, pois também são de risco elevado. A turma das bicicletas anda fazendo horrores nos canteiros. E, pela velocidade, os ciclistas pedalam muito bem. Na semana passada, quase fui atropelado três vezes na Brasil, próximo à Chicuta. Num desses incidentes, pelo o vento deslocado, o irresponsável estava em alta velocidade. Afinal, se as pessoas se deslocam pelas calçadas e canteiros centrais, como podem correr o risco de atropelamento nesses espaços? Alguém está no lugar errado. E não são os pedestres!
Intolerável intolerância
Na semana passada, o carro de uma Mãe de Santo foi incendiado. A motivação do crime seria religiosa. E isso ocorreu aqui em Passo Fundo, entra as vilas Fátima e Victor Issler. Se foi, de fato, por intolerância religiosa, o crime está carregado de agravantes. Vivemos num Estado laico e, portanto, cobertos pelo manto do recíproco respeito religioso. O desrespeito à crença alheia é ofensivo e foge das regras de conduta social. A história, que serve para apontar erros da humanidade, nos mostra os crimes da inquisição. Será que estamos retrocedendo às fogueiras onde queimavam pessoas por discordarem de suas convicções? Ora, estão destilando ódio. Gestos e atos como esses são frutos da insanidade. E de maus exemplos!
Imenso picadeiro
No centro de Passo Fundo vivemos num imenso picadeiro. Nada contra o mundo circense, pelo qual sempre tive grande admiração e respeito. O problema são os carros de som do circo que incomodam o dia inteiro. E com volume de trepidar paredes. Então, nesse circo nós somos os palhaços. Em tempo: quando será que algum vereador irá propor a proibição de carros de som pela cidade?
Trilha sonora
Da trilha de O Bem-Amado, a primeira telenovela colorida da TV brasileira. Toquinho e Vinícius – Meu Pai Oxalá