OPINIÃO

A força em meio à crise

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Quem é investidor sabe o que a guerra entre Rússia e Ucrânia significa, não só para quem está no fogo cruzado como para o mundo todo ao seu redor. Impossível comparar o tamanho do impacto quando, de um lado, existem vidas sendo arrasadas, mas, por mais distante que pareça estar, o mundo inteiro uma hora ou outra será afetado pelas consequências do conflito.

Isso porque falamos de duas potências mundiais. Ambos países reconhecidos pela exportação de matérias-primas, com grande relevância política e econômica para o mundo inteiro. Além do efeito cascata que deve ser observado daqui pra frente devido a redução da oferta de produtos como petróleo, milho, trigo e gás, outras consequências como alta do dólar e queda nas bolsas de valores já são percebidas de forma mais imediata.

É aí que o investidor começa a olhar para seus investimentos com mais atenção. Mesmo quem ainda não investe em ações, já sente a necessidade de proteger seu patrimônio de alguma forma. O próprio cenário econômico e político do Brasil já era motivo suficiente para isso. Não dá para esquecer que, além de estarmos nos recuperando de uma pandemia, nosso país vive um ano eleitoral, período tipicamente marcado por grandes incertezas, em todos os sentidos.

Diante de situações tão conturbadas como essa, o comportamento por parte do público investidor costuma ser sempre o mesmo: olhar para sua carteira e dedicar uma fatia maior de seus investimentos a ativos menos arriscados. Algo que vimos recentemente, quando a pandemia estourou, e tantas outras vezes no decorrer da história. O mercado imobiliário, consequentemente, se fortalece por ser considerado uma opção de investimento segura e rentável. 

Quem se propõe a investir em imóveis sabe que não vai perder dinheiro. Diferente da renda variável, por exemplo, que costuma oscilar e reagir de forma mais instantânea aos acontecimentos globais. O preço dos imóveis, por outro lado, se mantém muito mais constante. O imóvel não perde valor do dia pra noite. Dependendo da crise, o máximo que pode acontecer é diminuir o ritmo de valorização. A depreciação de um imóvel depende muito mais de fatores específicos da situação em que se encontra, como falta de manutenção e problemas onde está localizado, por exemplo. 

Quem planeja investir no mercado imobiliário precisa, antes de qualquer coisa, decidir como pretende rentabilizar o imóvel. Se a intenção for rentabilizar na venda, imóveis na planta são as melhores opções. Além da flexibilidade de pagamento durante a fase de lançamento, o percentual de valorização é bem maior logo que são entregues pelas construtoras. Razão pela qual muitos investidores preferem vender logo após a entrega da obra. 

Agora, quem pretende rentabilizar através da locação, precisa estar atento a outros aspectos para fazer uma boa escolha. Um imóvel para locação precisa estar bem localizado e ter estrutura suficiente para atrair o público que mais aluga na cidade. Aqui em Passo Fundo são os estudantes e trabalhadores que chegam todos os anos em busca de novas oportunidades. Para eles, o foco está em apartamentos de 1 ou 2 dormitórios, mobiliados, no Centro ou próximo de hospitais, cursinhos e faculdades. O investidor que adquire um imóvel para esta finalidade, portanto, precisa considerar o perfil da demanda para garantir um bom investimento.

De uma forma ou de outra, fato é que a necessidade de moradia sempre irá existir, passe gerações e seus próprios desafios a serem enfrentados. Estará melhor preparado para enfrentar as consequências de uma crise aquele investidor que souber reconhecer a força do mercado imobiliário, as necessidades de quem o busca e as múltiplas oportunidades que ele oferece. 

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