Ano eleitoral
A cada dois anos temos eleições. Exceto, é bom lembrar, quando os excessos da exceção prorrogavam mandatos. A eleição, pela sua importância à convivência democrática, é indispensável. Os governantes são escolhidos diretamente pelo povo. Caminhos indiretos ou propostas colegiadas rompem o elo entre o eleitor e o eleito. E neste ano haverá eleições. Portanto, estamos em um ano eleitoral. São, sim, anos bem diferentes. Os candidatos ficam mais acessíveis, cheios de bondade e interessados pelos problemas da sociedade. Falta espaço para tantos sorrisos nas fotografias. Em nível municipal, observamos eleitores pedindo pequenos favores. Em outros escalões, o patamar dessa promíscua relação é amplificado. É claro que esse quadro mudou bastante nos últimos tempos.
As promessas são mais discretas, pois parece que a turma ganhou um pouquinho de vergonha na cara. Porém, a cara de pau para a troca de partidos é cada vez mais escancarada. Ou seja, fazem política com o código eleitoral debaixo do braço. Os discursos inflamados do pleito anterior já soam em outra tonalidade. E as promessas após quatro anos acabam indo para as cucuias. Tudo pela reeleição para uma cadeira legislativa ou um cargo majoritário. Os tempos são outros, é bem verdade, mas o comportamento ainda é o mesmo. Saem de cena as pichações e panfletagens criminosas. Agora o espetáculo da delinquência é pulverizado pela insanidade nas redes sociais. A salutar alternância foi substituída pelo continuísmo e, infelizmente, instituíram as reeleições. Isso representa um discreto remanejamento das peças no tabuleiro dos primeiros escalões. Mas poderia ser muito pior se não houvesse eleições. Então aproveite, porque, por enquanto, a cada dois anos ainda temos eleições.
Baita encontro
Na semana passada, em rápida pausa no cotidiano, tivemos um delicioso encontro com amigos. Luiz Antonio Bettinelli foi o nosso anfitrião com uma maravilhosa carne. É isso mesmo, acreditem, carne de gado! Assada com esmero, ficou um primor como há muito eu não me deliciava. À mesa Rudimar Pedro, Paulo Rigon, Ari Machado, Gerson Lopes e este que vos fala. Longe dessa chatice política do momento, temas cotidianos e o futebol estiveram em pauta. Com três torcedores do Gaúcho e outros três do 14 de Julho, o Ga-Qua terminou empatado em 3 a 3. Do campo aos bastidores, foram muitas reminiscências, chutes, lances bonitos e até jogadas que se perderam por debaixo dos panos. Mais uma vez, Bebeto e Daizon Pontes predominaram entre os personagens da resenha. Valeu, Bettinelli. De quem será a próxima?
Cano reto
Quase que diariamente, uma barulhenta caminhonete circula pela Avenida Brasil. O modelo é antigo e o motorista jovem. Utiliza um sistema de escapamento sem abafador ou silencioso. É o conhecido cano reto: da saída dos canecos direto para os nossos ouvidos. Poderia ser um caso de escapamento quebrado? Mas não é. Está assim de forma proposital e há muito tempo. Pior, pois o cara acelera e tira o pé com o firme propósito de fazer barulho na redução. É um ronco exagerado de motor, provavelmente seis cilindros em linha. Ou seja, estamos diante de um caso de infração convicta e explícita. Então, como contamos com fiscalização focada no trânsito, não entendo por que esse veículo consegue circular à vontade pela cidade? Esse e outros barulhentos. Já estaríamos todos surdos ou o cara da caminhonete é uma espécie de ninja e consegue passar despercebido pelos olhos e ouvidos dos agentes?
Ansiedade
A gurizada medonha da Mesa Um do Bar Oásis ficou assanhada ao saber que em breve retomaremos às atividades festivas. Muitos até reforçaram o chá de cidreira para aplacar a ansiedade. E, como vivemos no país das fake news, alguns nem acreditaram. Pois bem, então repito: o confrade Nereu Grazziotin será o paraninfo do jantar de reencontro. Ainda não há data definida, mas será em breve. Aguardem pela chamada do Aldo Battisti, nosso convocador oficial. Respirem fundo e mantenham a calma.
Trilha sonora
A dica veio de Erechim, do Neco Flores, querido amigo das antigas.
Foreigner - I Want To Know What Love Is