Barulhentos no ninho
Não tenho ideia de onde e quando surgiu a infeliz proposta de utilizar alto-falantes na porta das lojas. É bom lembrar que isso é falta de educação, além de ilegal, pois o sistema de som não pode ser dirigido para a rua. Não vejo nenhum atrativo nessa prática. Ao contrário, pois qualquer barulho ou som de qualidade duvidosa agem como espantalhos. Os mais bem conceituados comércios já assimilaram isso e há muito aboliram esse tipo de conduta antipática. Alguns foram além e, internamente, contam com o sempre aprazível som ambiente. Porém, infelizmente, alguns poucos ainda persistem despejando a barulheira nas calçadas. É o caso de uma lojinha desse tamanhinho com um som desse tamanhão. Obviamente, de péssima qualidade. Como diria o saudoso Iracélio, “isso é muita chinelagem”.
Então, vamos imaginar a zoeira que seria se, simultaneamente, todos os estabelecimentos resolvessem despejar o som na rua? Ora, a Avenida Brasil se transformaria no maior camelódromo a céu aberto do mundo. Ensurdecedor e inabitável. Exatamente por isso, o uso indevido de sistemas de som pode indicar em que patamar flutua um estabelecimento. Mas, no caso de incivilizados incorrigíveis, a fiscalização deve entrar em cena. Pode orientar e, se necessário, multar os infratores. Além disso, as próprias entidades de classe poderiam exigir melhor compostura dessa turma sem a mínima noção de decoro. Assim, evitariam que alguns poucos arranhem a imagem do segmento. E, é claro, valorizariam de forma coletiva o conceituado comércio de Passo Fundo. Vamos nivelar por cima. Nunca por baixo.
O retorno
Em sua longa trajetória, a Mesa Um já rendeu muitas histórias. A mais recente, se transformada em filme, teria o título “Mesa Um – O Retorno”. Após o anúncio de que as atividades festivas serão retomadas, gradativamente os acadêmicos estão batendo o ponto no Bar Oásis. Isso representa um incremento de 0,2% na venda de café e 200% de água mineral. Ainda na semana passada, tivemos uma pequena assembleia dirigida pelo vice-presidente Juarez Azevedo, secretariada por Aldo Battisti e fiscalizada por Carlos Mader. Em pauta a data da assembleia de retorno. As primeiras deliberações indicam a manutenção da proposta de Nereu Grazziotin paraninfar um grande encontro. Porém, como tudo que abunda não prejudica, haverá, ainda, um ágape anterior apadrinhado pelo Professor Juarez. Ou seja, já são dois banquetes engatilhados. Batatas queimando nas mãos do Aldo. E, enquanto lá no Oásis a turma já esfrega as mãos, no lado de fora começam a coçar as canelas.
“Normalidades”
Do Boqueirão à Petrópolis, entre a Vera Cruz e a São Cristóvão, já estamos acostumados com duas pseudonormalidades: um explícito egocentrismo condicionado e um culto servil-interiorano ao fragmento de espelho que pouco reflete desse território. Até quando?
Animador
A maneira como as pessoas agem no trânsito deixa muito a desejar. Porém, nos últimos dias vi situações promissoras. Mais motoristas estão parando os veículos para que as pessoas possam atravessar pelas faixas de segurança. São os bem-educados que se destacam em meio aos mal-educados. Que o exemplo dessa conduta positiva seja contagioso. Passo Fundo merece um comportamento condizente com seus patamares educacionais e históricos.
Será...
Que desta vez acontecerá o tão propalado momento monumento?
Escândalo
A turma é curiosa por natureza ou há uma carência por fatos retumbantes?
Trilha sonora
Dalida e Alan Delon – Paroles, Paroles