OPINIÃO

O saneamento merece mais

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Além de prover a arrecadação pelos órgãos fiscais, todo o governo tem obrigação intransferível e inadiável de manter atividade estatal que signifique a sobrevivência digna do povo. Todos estamos cansados de ouvir nas promessas de palanque eleitoral as soluções de emergências sociais na tal de compromisso em plataforma de governo. Destacamos uma das obrigações cada vez mais emergentes na complexa estrutura das cidades. Trata-se do saneamento básico. A timidez da gestão pública nacional tem deixado tudo para o discurso eleitoral. A obra de atendimento à população urbana anda muito lenta. A relação de prioridades reais põe o saneamento no topo das condições de vida das famílias. A questão tão proclamada da autoestima ou amor próprio que permite a ascensão do ser humana começa pelas condições de habitação digna. O jovem que sai de casa para trabalhar, não pode iniciar seu dia em desvantagem atormentado pelo mau cheiro, doenças terríveis que assolam as gerações, como a hepatite, apontada pela ciência na falta de condições mínimas de saneamento. O serviço direto de atendimento ao fornecimento de água e esgoto é concessão.


Em Passo Fundo

 Em Passo Fundo a Companhia Estadual de Saneamento (CORSAN) tem a missão de executar a tarefa. Além da arrecadação das tarifas de água a esgoto há previsão de recursos da União, estados e municípios. Pois bem, trata-se de ação conjunta que inclui cada morador no mesmo esforço. No contexto das cidades de médio porte Passo Fundo registra avanço razoável na estrutura de esgoto. É preciso, no entanto, a maior mobilização de agentes públicos e comunitários para acompanhar a acelerada demanda. Até 2020 houve investimentos na ampliação da ETE – estação de tratamento, que é a base para a coleta do esgoto dito cloacal. A posição demográfica de Passo Fundo é propícia à coleta do esgoto. Essa prioridade, no entanto, precisa ser mantida acesa para sairmos do estágio difícil em que se encontram nossos rios e riachos, já sem vida. As conexões das residências, que têm custo financeiro, devem ser aceleradas. É básico para revitalizarmos nosso rio. O aspecto visual da cidade está bem atendido. Isso não precisa ser reduzido, mas o avanço do saneamento é urgente mesmo, para a saúde e dignidade dos habitantes desta cidade.

 

Gás nas alturas

O preço do gás de cozinha continua desproporcional às condições de vida da grande maioria. A Petrobrás anuncia mais uma elevação que explica não atingir, os 19%, na faixa do GLP, o gás de cozinha. O que acontece, no entanto, é que o aumento do gás industrial prepara novo aumento que abalará o consumo doméstico. Gente do céu, está terrível a situação com desemprego, redução de rendimento da classe trabalhadora, também a empregada, e o abalo psicológico. Há um abatimento geral na população. Isso já é doença!

 

As políticas

 O engano é a inoperância deste governo federal entregue a fanatismos e ufanismos sem fertilidade. As evidências do grande engano que embretou o povo ficaram mais claras no trato da pandemia, onde o governo Bolsonaro fazia tudo para enganar sobre a realidade da doença. Isso num país bem estruturado na sua histórica política de prevenção vacinal. Na idade média o poder exacerbado dos déspotas com a influência danosa da própria religião era explicitado na expressão de Paracelso ou Caraffa, “Mundus vult decipi, erga decipiatur” (o mundo quer ser enganado, pois que o seja). Alguns atribuem a frase ao Papa da época, Paulo IV. É assim que o poder central trata assuntos como a devastação da Amazônia, das áreas de preservação habitada por nativos e os núcleos quilombolas. O tapete do Planalto encobre severas acusações como o favorecimento ilegal de braços eleitorais nas verbas da educação. O endividamento nacional não decorre do socorro aos desempregados, aos doentes, à criança em idade escolar e aos famintos. O dinheiro jorra na mão de quem não precisa, como os donos de partidos que detêm a famigerada verba bilionária eleitoral deste ano.

 

Sobre a guerra

O Papa Francisco insiste em advertir sobre o horror da guerra, ao definir como regressão macabra da humanidade.  

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