OPINIÃO

Violência familiar

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A retomada das atividades escolares denuncia aumento de casos de violência contra a criança e o adolescente. Os números de atentados contra infantes, especialmente meninas, assombram a vida familiar. Antes de focarmos as causas desta constatação que engrossam as cifras de uma perversidade, entenda-se que a culpa não cabe à circunstância do isolamento e restrições adotadas para combate à pandemia. O momento informa apenas de casos reprimidos na observação social. A causa é a deformação de caráter dos agressores que se imiscuem nos elos familiares a despeito de não terem condições de conviveram no ambiente onde ocorrem as violações mais frequentes, não tem conseguido afastar este perigo. Afinal, a vigilância de pais, amigos, e participantes do cotidiano dificilmente detectam essas barbáries, justamente por que os malfeitores são parte da intimidade presumida e maior confiança. O mau caráter esconde as aparências da índole perversa e os agentes predadores dos bons costumes, enganando a vigilância. Fala-se aqui, de gravíssima situação estabelecida na expressiva maioria dos casos de violências urdidas no ambiente doméstico. Este perigo ronda todas as camadas sociais.

 

Degradação

Os psiquiatras mostram que a deformação de caráter instala-se em vários momentos em que se deveria formar a orientação de comportamento humano, valores de convivência social e respeito ao ser humano desprotegido. Com frequência esta deformação não é perceptível, até que o uso de tóxicos, alcoolismo e ambiente de ódio acelere atentados. Órgãos de proteção e a legislação de proteção à criança e adolescente têm sido ativados. No entanto é tudo muito complexo. A atenção dos de pais, amigos, responsáveis pela convivência de pessoas vulneráveis infantes devem insistir e aprofundar a atenção protetiva. A situação é de alerta, desafiando elementares valores de conduta. Fora a degradação!!!

 

Não é amor

A discrepância dos relacionamentos amorosos é severa preocupação da humanidade. Vemos casos apresentados pela mídia muito perturbadores. O mais chocante é a cena de mulheres espancadas, com rosto desfigurado. A tragédia força imaginar a destruição interior destas pessoas. A observação contida na literatura romana “amantes amentes” indica em duas palavras a realidade de duas identidades que se juntam pelo ímpeto sexual como princípio de busca pela felicidade. Não basta, porém, este impulso primário. Ao contrário, a união amorosa exige muito mais do que os animais irracionais. O rumo tortuoso da mentalidade pode tornar trágico o que poderia ser bom. No caso da violência contra a mulher, além da criminosa pressão psicológica, irrompe a crueldade humana, com uso da prepotência por parte do homem, pela agressão física. A comunidade não tem que admitir isso! Na realidade, a agressão física rebaixa a condição humana e torna o violador, sem amor, subordinado ao ódio.

 

Avanço da morte

O pensamento materialista está exercendo seu domínio implacável. O interesse expansionista russo segue alheio ao respeito humano. A destruição e morte também está na pauta das lideranças ucranianas. O comando dos USA não abre mão da pressão econômica para sufocar a Rússia como potência tecnológica. O custo das intransigências é a morte dos inocentes. Zelinski parece menos sensível ao massacre de sua gente e se ocupa em preservar sua consagração como líder e herói. Vejam a sensatez das vitórias que os dois lados proclamam. Exibem a tecnologia das bombas termobáricas, drones de sondagem e bombardeio, e os golfinhos da marinha russa que denunciam espiões. Conquistas tecnológicas maravilhosas da humanidade são colocadas no pódio da guerra. A razão de um momento de pacificação exige muito mais do que nossos líderes estão oferecendo. Agora é também golfinho versus drone, que soa lúdico mas não é para regar flores ou alegrar turistas. É instrumento militar de guerra.

 

Correção

Ao escrever sobre as condições de nossa topografia de Passo Fundo para acomodar excesso de chuvas fiz alusão ao termo demografia que se refere às estatísticas da população. O que quis dizer é sobre topografia, alusão ao solo mais regular e boa altitude, que permite escoamento de águas. Desculpem o lapso na coluna da semana passada.

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