OPINIÃO

Teclando -11/05/2022

A incivilidade reinante

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A incivilidade reinante

 Observo que algumas pessoas incorporaram a arrogância, muitas explicitam a má-educação e outras pulverizam o ódio. Esse clima de retrocesso fica escancarado nas ruas e calçadas de Passo Fundo. E, pelo que vejo, o comportamento da turma deixa muito a desejar. Não existe respeito aos pedestres na faixa de segurança. Caminhonetes exercitam explícita poluição sonora no perímetro urbano. Há aproveitadores no espaço da área azul e até motorhome permanente em via pública. Temos bicicletas circulando pelas calçadas ou adaptadas com barulhenta motorização. E os veículos silenciosos também são uma ameaça, pois motos e patinetes elétricas andam lépidas e desregradas pelo asfalto, calçadas e canteiros. Volta e meia um incauto skatista assusta apenas com o deslocamento do ar. As paradas de ônibus, mesmo com dedicados trechos em concreto, são desrespeitadas e provocam manobras dos coletivos. Ah, é claro, entre uma irregularidade e a outra algum idiota passou buzinando.

Enormes caminhões, mesmo podendo contornar a cidade, atravessam Passo Fundo pela Avenida Brasil. Os pedestres também sofrem com as calçadas tomadas por mercadorias, placas de propaganda e até balcões. Quando chove, não podem caminhar sob a marquise para não pisar no mostruário dos ambulantes. Enfim, uns abusam, alguns se aproveitam e outros desrespeitam. Ora, vivemos um pandemônio onde a falta de educação, o egoísmo e a má-índole predominam. Ou seja, a própria turma da aldeia é responsável por isso tudo. Nós, em visão coletiva, somos os próprios culpados. E, ainda, é inegável a existência da má-influência. Enquanto vigorar a prepotência, a lógica, a boa educação e o bom senso se vão para as cucuias. Assim, a grande vítima é a civilidade. Mas ainda resta uma esperança para melhorarmos, porque a evolução do ser humano é possível. É claro que as fiscalizações também podem dar uma mãozinha para acelerar esse processo evolutivo.

Madrugada no Boka

Depois de um longo período de resguardo, aos poucos me aventuro em intrépidas incursões. Na semana passada bati o ponto no Boka e espichei o papo com a turma. Até o Toninho já estava indo embora, quando o Dani me convenceu sobre a importância da saideira. Resisti bravamente por uns dois segundos e lá veio mais uma Spaten. É claro que nos últimos tempos houve a renovação dos rostos que por lá circulam. Mas muitos eram velhos conhecidos para sentimentos fortalecidos pelo reencontro. Na saída, cruzei com o Luã para também interagir com a nova geração. Passava das quatro da matina e, como manda o bom-senso, encerrei o expediente. Difícil foi subir a Independência sem olhar para o lado esquerdo. Passei dissimulado pelo Batatas. Mas se alguém me chamasse, certamente teria vivido mais um amanhecer na icônica rua. O Sol entra em Passo Fundo pela Independência.

 Mesa Um

Tarde dessas, além do seu tradicional e por demais conhecido elenco, a Mesa Um recebeu a agradável visita da Dra. Marli Gobbi. Cliente tradicional do Bar Oásis, ela participou das discussões que estavam na pauta do dia na ancestral confraria. Outros visitantes também foram registrados nos últimos dias, indicando que a Mesa Um terá longa vida. E, aguardem para as próximas semanas a reabertura das assembleias festivas.

Vida ou morte?

Fico preocupado quando há desprezo pela vida ou alguma forma de desrespeito a tudo que vigora para resguardar a nossa integridade física. Mais preocupado ainda fico quando artifícios para matar são enaltecidos. Será que vivemos uma inversão de preceitos? Não aceito. Meu conceito de vida está atrelado ao respeito pela vida.

Trilha sonora

De Adriana Calcanhotto: Roberta Sá – Me Erra


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