OPINIÃO

Reminiscências nas páginas de jornal

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O trabalho e a determinação dos dirigentes e integrantes da Associação Aeroesportiva de Getúlio Vargas (AAGV) avança a passos largos. Há pouco mais de três anos, a Câmara de Vereadores aprovou o projeto de lei do Executivo, concedendo à entidade o direito de uso do aeródromo localizado no Km-05. Além do campo de aviação, a lei concedeu o direito de uso da estação de passageiros e do hangar, distribuídos numa área de 76 mil metros quadrados. Entidade sem fins lucrativos, a associação tem, dentre objetivos previstos nos seus Estatutos Sociais, a defesa e a promoção do aerodesporto.


II

No início do ano passado, a AAGV recebeu o avião American Champion Aeronca 7DC, produzido pela Aeronca Aircraft Corporation nos Estados Unidos, para instrução de voo. O monoplano de cabine fechada, com capacidade de dois lugares, passou por revisão e foi incorporado ao patrimônio, que conta com dois planadores. A Casa de Passageiros passou por uma reforma completa e o espaço deverá abrigar, em breve, a escola de pilotos. De igual modo, o Memorial do Aeroclube de Getúlio Vargas, com um acervo formado por documentos, fotografias e objetos da instituição que fez história há mais de sessenta anos.


III

Nesta semana, este escriba se debruçou na coleção de jornais em busca de registros sobre o Aero Clube. Na capa do semanário O Município de Getúlio Vargas, edição de 13 de dezembro de 1952, uma matéria em três colunas com o título “o presidente do Aero Clube fala à nossa reportagem”. Ao lado, outra matéria, com o registro da sessão solene de formatura de 16 contadores da Escola Técnica de Comércio Cristo Rei realizada nos salões de festas do Clube Aliança. Na abertura da entrevista a explicação acerca de “comentários pessimistas a respeito da construção do campo de pouso dessa cidade, cujas obras se encontram paralisadas a cerca de um ano”.


IV

O advogado Léo Stumpf, presidente do Aero Clube em formação, esclarece que os esforços estavam voltados para a aquisição de uma área de três lotes coloniais. E ainda, que as obras propriamente ditas estavam sendo tratadas com o prefeito Ernesto Bergamini, que já havia telegrafado ao Departamento Aeroviário do Estado, confirmando que os trabalhos teriam início em janeiro. O período foi marcado pela expansão da aviação civil e a formação de pilotos e mecânicos. O projeto se materializou naqueles anos das décadas de cinquenta e sessenta, e por motivos diversos arrefeceu, voltando revigorada nesta segunda década do século XXI.

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