Quem investe já sabe que não existe negócio com risco zero no mercado, pode-se dizer que investir é sobre o quanto você está disposto a arriscar seu dinheiro ou patrimônio e ter um retorno com isso. Independentemente do risco é sempre bom pensar a longo prazo quando se fala em investimento, o pensamento imediatista costuma gerar más decisões. Falando especificamente do mercado imobiliário, posso dizer que é um mercado bastante privilegiado, pois gera bons retornos com um risco de perda baixo em relação a outras modalidades tradicionais de investimento. Uma das modalidades mais seguras é a locação, isso levando em conta que raramente se perde montantes investidos em propriedade. Mas para além disso, os mecanismos de avaliação e garantia são seguros e estão cada vez mais eficientes.
O mercado de locação de imóveis é regulamentado por uma lei específica, a Lei do Inquilinato que prevê formas de garantia para locação de imóveis, as mais usadas são: caução, fiador, seguro fiança. Pela complexidade e pouca valia do caução, a segunda e a terceira são as mais utilizadas. O fiador é a modalidade mais tradicional e econômica, já que o inquilino não precisa pagar a mais pela garantia. No entanto, é a mais burocrática exigindo do inquilino que encontre alguém de sua confiança e que se solidarize com a sua necessidade. Normalmente é solicitado dois fiadores com dois bens imóveis cada um, podendo mudar essa condição a depender da negociação.Isso faz com que o inquilino demore mais para alugar porque precisa reunir toda a documentação de seus fiadores. Soma-se a isso o tempo de análise e aprovação do cadastro. Nesse caso, quando há algum tipo de inadimplência durante a locação é ruim para o proprietário que demora mais para receber e para o próprio fiador que pode ter seu patrimônio comprometido.
Até pouco tempo atrás, o fiador era a opção de garantia mais utilizada no mercado imobiliário. Com o aparecimento de outras modalidades isso foi mudando e hoje temos o seguro fiança tomando a dianteira entre as formas mais procuradas. Isso porque é uma modalidade mais rápida para o inquilino e segura para o proprietário. Na Bortolini, a adesão ao seguro fiança aumentou de 5% para 60% no total de locações realizadas no mês. A rapidez se dá pela aprovação de crédito em questão de poucos minutos, é a melhor opção para o cliente que tem urgência em se mudar, o que é muito comum. A segurança se dá porque o proprietário tem cobertura durante todo o contrato de locação, cobrindo não só o aluguel, mas dependendo da modalidade também reformas e mobília.
A troca do modo de locação por fiador para o segurança fiança deve ser gradual e constante, daqui para frente, até esse modelo se tornar o padrão. É bom para o proprietário que tem a segurança do seu imóvel garantida e é bom para o inquilino que está disposto a pagar um pouco mais para fugir da burocracia e ter o seu problema resolvido em pouco tempo. As imobiliárias estão cada vez mais adeptas a soluções eficazes em relação à inadimplência. Isso é uma exigência do nosso próprio modo de vida, não temos mais tanto tempo para dedicar a papelada. Tecnologias como o Blockchain, que possibilita o registro de uma transação na rede, irá dispensar o trânsito entre repartições e bancos possibilitando num futuro, não tão distante, novas formas de garantia ainda mais rápidas e seguras.
Vejo essa desburocratização no universo das locações com bons olhos, caminhamos para um futuro prático, o foco deixa de ser no cumprimento de formalidades e passa a ser no que realmente importa, realizar negociações rentáveis e solucionar os problemas de quem procura moradia.