Estereótipos
Vivemos como somos e adequados ao momento. Já vestimos calças de tergal, vestidos plissados e camisas volta ao mundo, com cabelos curtos, longos, tranças ou coques. O american style wife permitiu o eslaque e o jeans que na época, em bom português, era apenas brim. Graças aos Beatles os cabelos cresceram, enquanto Woodstock coloriu a rebeldia da paz. Entre panos e estampas a tatuagem marcou, o piercing furou e as melenas ganharam cores e moldes múltiplos. Hoje, alguns até podem ficar chocados com a compostura em circulação. Cortes de cabelo arrojados, roupas inusitadas e adereços desafiantes. Trata-se de um manifesto, que vai da sexualidade aos preceitos econômicos, étnicos, éticos e etecétericos. Entre preceitos e preconceitos o mundo mudou? Não. As pessoas mudaram. Encontraram-se na vida ou buscam se encontrar.
Ora, para quem nasceu antes do lançamento dos satélites e recebia notícias por telegrama, o impacto até seria traumático. Mas não podemos nos entregar para o cronômetro da vida. A evolução não é do planeta. A Terra gira (ou plana teria outro movimento?), mas não é o astro que evolui. Somos nós, terráqueos, em solo curvo ou plano, que prosseguimos na nossa metamorfose. Confesso que vejo estereótipos que considero vulgares ou exagerados. Mas não tenho absolutamente nada com isso. Então, apenas respeito. Essa é a nossa eterna rebelião, onde os humanos buscam caminhos, se encaixam ou apenas tentam ser felizes. É desta forma que a própria maneira de ser ganha autenticidade. Então, descarte o preconceito e recicle a lógica. Cabelos ao vento e cada qual respira a sua própria rebeldia.
Estupidez da grossura
Noite dessas, vi duas jovens elegantes e aparentemente bonitas caminhando pela calçada. Comiam um lanche comprado na Avenida, no estilo que meu amigo Lauro Röesler rotula como “trash”. Simplesmente elas caminhavam, sem desfilar ou se expor. Num pequeno trecho passaram nove veículos. Em oito desses buzinaram e gritaram para as meninas. Por quê? Ora, desrespeito total para com elas, pois apenas estavam deslocando-se. E falta de consideração para com os outros, pois buzinar às duas horas da madrugada é atestado de idiotice. Então, nesse episódio propiciado pelos oito incivilizados protagonistas, em menos de dois minutos tivemos assédio, machismo obsoleto, barulho, desrespeito social e grossura explícita. Ingênuo (ou seria esperançoso?), eu pensava que a sociedade havia evoluído. Mas, pelo que constato, sofre com uma forte indução ao retrocesso. Ah, só para que reflitam antes de julgar: aquelas jovens que caminhavam nas calçadas poderiam ser as suas filhas. E os idiotas que buzinaram também!
Telefunken
A marca Telefunken sumiu do mercado brasileiro, onde tinha posição de destaque com os seus televisores de tecnologia avançada. Antes, fez sucesso com cobiçados aparelhos de rádio. Mas a marca alemã continua um destaque mundial, especialmente pelos seus famosos microfones. Pois, agora, a Telefunken retorna ao mercado brasileiro sem rádios ou televisores. Chega para competir com eletrodomésticos como cafeteiras, batedeiras, fornos, etc. Como na minha cabeça Telefunken ainda é sinônimo de televisão, se eu comprar um forno vou pedir com a antena instalada.
Relógio da Catedral
Há muitas semanas, os ponteiros do relógio da Catedral permanecem estáticos. Quando passo pela Praça Marechal Floriano, aquela que ostenta uma cuia, tenho por hábito dar uma espiada no relógio. Fico triste ao ver os ponteiros no mesmo lugar. A Catedral, restaurada nos anos 1990, está impecável. É uma pena que o velho relógio esteja parado. Como também é uma pena que seus sinos não badalem mais nas madrugadas. Enquanto veículos correm e fazem uma barulheira, os sinos foram silenciados e os ponteiros estão estáticos.
Oásis
Na Mesa Um do Oásis a novidade é o retorno do confrade Ivo Tasca, que chegou acompanhado pelo filho Rogério “Tucha” Tasca.
Estouro
Ainda não. É outro. Calma.
Trilha sonora
Peter Frampton e Eric Clapton - While My Guitar Gently Weeps