OPINIÃO

A celebração dos 100 anos da Independência

Por
· 1 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Há um século o semanário O Erechim, editado sob a direção do Major Cândido Cony, registrava na capa da edição do dia 20 de agosto a programação local das comemorações do primeiro centenário da Independência do Brasil. Em que pese ter sido preterido por Boa Vista para a sede do município emancipado em 30 de abril de 1918, o então 2º Distrito que continuou se chamando Erechim até a emancipação, contava com um jornal, primeiro editado no território ao norte de Passo Fundo até as margens dos rios Pelotas e Uruguai. A população da Vila Erechim, e das Estações Erechim e Erebango, bem como da Seção Formigas, Rio Toldo, Coxilha Seca, e as existentes nas diversas linhas, era de imigrantes das mais diversas etnias e descendentes dos pioneiros das chamadas colônias velhas.

II - A programação cívica, religiosa e festiva mobilizou as comunidades, que participaram com entusiasmo das comemorações da independência em relação à metrópole portuguesa. Faltando 47 dias para o bicentenário, a coluna reproduz os registros feitos pela imprensa local no distante ano de 1922. “A hora zero todos os sinos e fábricas, replicaram e apitaram; no Cinema Recreio, subiu aos ares um grande número de foguetes, além de uma girândola, no Cine Guarany morteiros, na Igreja Matriz, morteiros, na Ferraria do Sr. Cypriano Girardello, morteiro”. E segue: “Ao alvorecer 21 salvas; alvorada pela banda de música sob a direção do Sr. Nicola de Giorgi, hasteamento da bandeira no Cinema Recreio. A 9:30 horas missa nas igrejas católica, protestante e luterana”.

III - Na mesma edição do periódico, preservado na hemeroteca do Arquivo Histórico Municipal Juarez Miguel Illa Font, a sequência da programação: “11 horas passeata, puxada pela banda de música, obedecendo a seguinte ordem - à frente a bandeira nacional, em seguida as autoridades locais, Juiz Distrital Osório de Quadros, subdelegado e subintendente Renato Pereira Gomes, Tenente Coronel Henrique Bischoff, Capitão Francisco O. Dias; após vinham os colégios da professora Castorina Cabral Vieira, e do professor Lodovico Bohn, sendo o luterano, representado por seus professores e grande massa popular”. E ainda: “14 horas, festejos dos colégios do professor L. Bohn, Santa Clara e Francisco Stawinski. Esses festejos foram simultâneos, devido ao grande número de crianças moradoras nas linhas”.

Gostou? Compartilhe