Cachorros, cuias e crianças
Sim, exatamente nessa ordem, foi o que mais encontrei em meia caminhada dominical. Isso, é claro, sem contar os adultos que estavam acompanhados por cachorros, cuias e crianças. Aproei para Oeste, rumo ao meu destino predileto, o sempre atraente Boqueirão. Chamou atenção a quase total ausência de crianças nos canteiros. Em compensação, os amiguinhos caninos desfilavam por todos os lados. Poucos passeiam com apenas um bichinho, pois a maioria conduz uma duplinha canina. Vi um casal caminhando com um cachorrinho ao lado e um carrinho de bebê. Mas no carrinho, ao invés de uma criança, estava outro cãozinho.
Mantenho meus cuidados pandêmicos e saio de casa com a máscara, que só retiro quando diminui a densidade demográfica. Foi o que fiz na esquina do Notre Dame. Continuei em passos lentos pela calçada e com o olhar nos amplos canteiros da Avenida. Quem não segurava uma guia, portava uma cuia ou carregava uma garrafa térmica. Para atravessar a Mascarenhas, apressei o passo e coloquei a mão sobre a cabeça para segurar o boné. Opa! Estava sem o boné. Pela lógica, caiu quando tirei a máscara. Então, meia volta volver e a caminhada ficou pela metade.
Retornei com um olho na calçada e o outro nos bonés que passavam ao lado. Não aceitava perder o chapeuzinho da Caixa que ganhei da Vanessa. A volta foi rápida e os amiguinhos peludos estavam por todos os lados. Ao atravessar o canteiro na esquina da Chicuta, vi a linda imagem de um menininho feliz correndo em círculos sobre a grama. Opa. Enfim, uma criança. Me aproximei e vi que o menino dividia toda a sua alegria com um simpático cãozinho. Cheguei em casa e o boné desaparecido estava sobre a mesa sorrindo para mim. Ufa. Não havia mais tempo para retomar a caminhada.
Então, aproveitando o aquecimento, fui ao supermercado. Lá estava um casal com uma cuia de chimarrão e muita atenção ao conteúdo de um carrinho de compras. Fiquei intrigado para saber o porquê de tanto zelo. Ora, deve ser uma criança. Ou mais um pet? Disfarçadamente, mas nada discreto, enfiei o nariz por cima do carrinho e vi o motivo para tamanho cuidado: uma garrafa térmica. Enfim, não tenho números exatos, mas a margem de erro é ínfima. E a conclusão é óbvia: há muito mais cachorros e cuias do que crianças circulando pela cidade. Só faltou ver um cãozinho sentado numa cadeira de praia e mateando.
A volta do Bokinha I
Incrédulos e crentes (e outros doentes também) acreditem: o Bokinha vai reabrir. Aleluia. Sim, o tradicionalíssimo ponto que abriu as portas da Independência para o mundo está voltando. De acordo com Beto Otto, o Bokinha reabre na próxima semana. Alguns detalhes ainda não permitem definir a data exata, mas, com certeza, será entre os dias 10 e 15 de agosto. A volta do Bokinha é um clamor dos seus fieis frequentadores. Aliás, como dizia o Edu, o Bokinha é sempre a melhor opção para driblar os xaropes sem abandonar o Boka.
A volta do Bokinha II
Para as mais tenras cabecinhas, rememoramos que o Bokinha é o ponto de origem do Boka. Foi lá que tudo começou em 1972, portanto há 50 anos. Edu Wentz e amigos escavaram um porão que transformaram no mais icônico ponto da noite passo-fundense. Marcou pelo atendimento nos carros, quando a Independência tinha mão dupla. O xis da questão foi o próprio xis, cuja fama atravessou fronteiras. E depois, no outro lado da rua, surgiu o novo Boka e o velho ficou como o Bokinha. Menor, aconchegante e carregado de lindas histórias. Vai faltar chope para tantos brindes!
Garçons
O 10 de agosto é o Dia do Garçom. Antigamente, a Cervejaria Brahma de Passo Fundo recepcionava em seu refeitório uma turma de garçons para comemorar a data. Este ano, com organização da Prefeitura e apoio da Disfonte, distribuidora da AmBev, o tradicional encontro será retomado. Alguns entre os mais antigos garçons serão convidados para comemorar no Circu’s do Boka, na próxima quarta-feira, 10.
Duplo Malte
Já que estamos com o copo na mão, vamos abrir uma Brahma Duplo Malte Escura. Sim, o novo lançamento da AmBev está chegando. A nova cerveja preta ainda não está disponível no mercado. Segundo Marco Zandoná, da Disfonte, ainda não há uma estimativa de quando a Duplo Malte Escura estará à venda.
Circo
Enquanto os garçons fazem a festa no Circu’s do Boka, o circo abre a boca nas ruas de Passo Fundo. Os carros de som atacam em comboio e explodem decibéis nucleares pela cidade. Até quando?
Trilha sonora
Johnny Rivers - Slow Dancing