O processo de declaração da Independência do Brasil começou lentamente após período de exploração injusta das origens remotas de nossa civilização. O poder oligárquico descobriu e estendeu domínio sobre um território imenso, impondo terrível ordem espoliativa aos nativos. Os índios viviam livres nas terras hoje delimitadas pelo Brasil político. E foram séculos de crueldade dos que denominamos conquistadores, sob a égide de Portugal. A legitimidade de uso das glebas imensas, repleta de riquezas naturais foi violada com massacres, banho de sangue, e morte dos legítimos possuidores dos territórios da América. No mesmo surto avassalador da dignidade humana as hostes invasoras submeteram uma civilização inteira ao domínio. Legiões de nativos foram devastadas, assassinadas. A terra bebeu o sangue dos índios exterminados pela brutalidade ávida de suas riquezas. Ao mesmo tempo vicejava a crueldade da escravidão negra. Os escravos eram roubados da África na mais cruenta e injusta imposição do desrespeito à vida. Nenhum valor humano resistiu à abominável força do domínio estrangeiro. Delimitou-se o mapa do Brasil sob um comando multinacional para dantesca exploração do trabalho escravo. E a Independência teve sua proclamação simbolizada na criação fantasiosa de suposto grito às margens do Ipiranga. A inaceitável cronologia histórica tornou-se mais fictícia com a manutenção da escravidão. Enfim, Sete de Setembro, o país proclama independência de governo português, já enfraquecido. Formalmente, só em 1888 foi abolida a escravidão no Brasil. E foram muitas lutas seculares pela libertação de escravos. A infâmia da exploração humana, o valor da vida tão ultrajado, ainda é o clamor pela verdadeira independência. A data comemorada em sete de setembro, é assim nossa história, simboliza a vontade de cobrar libertação da imensa maioria brasileira. A democracia é caminho para os avanços que queremos.
Proselitismo
Os meios de comunicação difundem intenções de políticas públicas, acenando para mudanças necessárias. Na verdade, não há mais sutileza na venda de ideias que esperamos sempre responsáveis e de justiça social. O proselitismo, infelizmente, é a manobra para ganho eleitoral imediato nesta realidade tão forte e indomável que é a publicação ou publicidade nos meios eletrônicos. A fome que grassa em todo o país ou a violência ao meio ambiente com avanço da destruição, são enclaves gravíssimos reiterados até bem pouco com macabro negacionismo. De repente surge como promessa de socorro, numa gestão de governo omissa ou muito pior que isso. A bem da verdade é cada vez mais necessária a visão crítica de promessas eleiçoeiras. A pressão que exercem as pesquisas eleitorais banaliza o compromisso, que deveria ser fidelizado.
A natureza
De todas as obras que um país realiza, a mais sólida e perene é a produção de alimentos. A fonte é a natureza. A terra, plantas e animais merecem todo o respeito. O fogo, água e ar sustentam minutos e segundo da existência humana. Por isso é bom lembrar a afirmação de Matin Fierro, no verso 763 que adverte: “No te debés afligir/ aunque el mundo se desplome: / Lo que más precisa el hombre/ tener, según yo discurro, / es la memoria del burro,/ que nunca olvida onde come”.
Suíno
A produção de suínos, em nosso estado e Santa Catarina, é base econômica e importante na cadeia alimentar. O alto preço dos insumos (especialmente a ração) está dificultando as coisas. Preocupa o abandono da atividade.
Coibir
A atuação do Tribunal, verificando a formação de esquema virtual arbitrário contra a democracia é oportuna. Trata-se do momento de coibir, policiando movimentos conhecidos que devem ser reprimidos. A iniciativa da polícia federal amparada pelo judiciário não é censura. É instrumento legal de cunho interpelativo de sensibilidade democrática, antes que se torne atentado antidemocrático. O efeito pedagógico já surtiu êxito. Empresários surpreendidos em manobras preliminares retrocederam e negam participação nas redes antidemocráticas. O efeito pedagógico é solução rápida para impedir casos mais graves.