OPINIÃO

Será que vale a pena esperar?

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Estamos na reta final de ano, na última semana do mês de outubro e a poucos dias de uma eleição pra lá de polêmica. Não se fala em outra coisa senão sobre o rumo do país após a decisão das urnas no próximo domingo. No meio de tanta especulação, o sentimento de insegurança prevalece para ambos os lados e influencia o consumidor final, quando se vê diante da tomada de decisões importantes para a sua vida. Como assumir um compromisso a longo prazo se parece tão difícil prever como serão os próximos meses? De fato, preocupa pensar por esse lado, mas tem coisas que precisam ser ponderadas indiferente do resultado das eleições.

Primeiro que qualquer um dos dois candidatos enfrentará suas próprias dificuldades para governar o país nos próximos quatro anos. Além do desafio de negociar com maioria no Congresso, ambos vão ter que lidar com teto de gastos, auxílio brasil, juros altos, inflação, reforma tributária e tantos outros temas delicados e urgentes. As exigências são grandes e não existe milagre ou fórmula mágica que resolva os problemas do país de forma instantânea. A economia é influenciada pela geração de empregos, distribuição de renda, controle de juros e essa fórmula não tende a mudar, independente do governo que for assumir.

Outra ponderação necessária, antes de cometer qualquer equívoco, é olhar de forma mais lúcida para um recorte mais amplo do histórico brasileiro. Economicamente falando, o Brasil nunca teve um ciclo de crescimento homérico, assim como nunca enfrentou períodos de terra arrasada. Algumas vezes melhor, outras pior, mas ainda remando, seja por um caminho ou outro. Então o consumidor final, que flerta com o mercado imobiliário, mas está preocupado com o futuro do Brasil, precisa saber que o resultado das eleições não deve atrair para si nenhum impacto catastrófico. 

Até porque, se tem uma coisa da qual o Brasil pode se orgulhar é do seu sistema financeiro de habitação que em todos estes anos já se mostrou bastante sólido e estruturado. Nem sequer o mercado imobiliário da maior potência mundial conseguiu se manter tão forte para enfrentar uma crise econômica, quanto o nosso já se mostrou. Isso, por si só, deveria bastar para acalmar os ânimos de quem chega a cogitar o adiamento de seus planos com medo do que virá após o próximo domingo. Nem diante dos piores cenários, você estaria fazendo um mau negócio ao adquirir um imóvel agora, até porque, o bem imóvel é historicamente considerado um dos ativos mais seguros e rentáveis para investir. Um imóvel é um bem durável, de longo prazo, que não desvaloriza de um dia para o outro, que não corre o risco de ser tomado indevidamente por ninguém e sempre terá demanda, seja para venda ou locação.

O cenário se torna mais complexo para o empresário, para o incorporador, para o produtor, para quem gera riqueza e renda, que precisa olhar para o longo prazo para tomar suas decisões. Para esse perfil de consumidor do mercado imobiliário, as preocupações se justificam, pois o crescimento dos negócios depende do que irá acontecer nos próximos quatro ou cinco anos. Por isso, a continuidade ou não da atual linha de governo preocupa. 

O que resta agora é esperar, mas esperar com parcimônia. É hora de equilibrar expectativas e ponderar preocupações para não sair perdendo. Sem considerar o momento que vivemos, oportunidades poderão surgir até o dia 30 e você terá que tomar decisões. Você irá aproveitar as chances de concretizar bons negócios ou esperar o que está por vir? 

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