OPINIÃO

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Com 165 anos, comemorados em 2022, o município de Passo Fundo já foi o maior, em extensão, da unidade mais meridional do Brasil. Até o ano de 1918, quando da emancipação de Erechim, seus limites se estendiam ao norte até as margens dos rios Pelotas e Uruguai. Na primeira quinzena de dezembro último, o governo do Estado divulgou uma pesquisa que realizou em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado atesta que a capital do Planalto Médio avançou da sétima para a sexta posição no ranking das maiores economias do Rio Grande do Sul, com PIB de R$ 10 bilhões. Dentre as cidades com maior desempenho no setor de serviço alcançou o quarto lugar, mesmo índice na geração de empregos. Sua economia está assentada na atividade primária própria e de outros mais de 80 municípios do norte gaúcho. De igual modo, nos setores comercial, industrial e de serviços com destaque para ás áreas da educação e saúde.

II

Até meados do século passado a economia de Passo Fundo tinha características idênticas a de outros municípios do mesmo porte. Os campos, outrora cobertos pelo trigo, deram lugar à cultura da soja. A indústria metalomecânica, notadamente de implementos agrícolas, teve um rápido crescimento, arrefecendo devido a fatores macroeconômicos. A posição geográfica privilegiada foi preponderante para que empresas como Maggi, Cargill, Italac e JBS, para citar apenas quatro, instalassem seus complexos industriais. Números oficiais indicam que Passo Fundo tem mais de 900 indústrias em atividade, com mais de 12.300 postos de trabalho. No ranking das maiores do Sul do Brasil, a BSBios, considerada a maior produtora de biodiesel do país, a Compass UOL, referência no desenvolvimento e suporte de softwares, e a rede São João de Farmácias, contabilizam faturamentos bilionários. 

III

Atrás apenas de Caxias do Sul e Porto Alegre, Passo Fundo é hoje o terceiro maior mercado imobiliário do Estado. No ano passado o setor movimentou mais de R$ 520 milhões em vendas. Rivalizando com Balneário Camboriú, Passo Fundo deverá inaugurar o mais alto edifício residencial do Estado, com 40 andares e mais de 130 metros. A importância da área da saúde pode ser mensurada pelas três faculdades de Medicina. Além da rede pública de saúde, a cidade é sede de oito hospitais e prontos socorros e mais de 170 policlínicas, que atendem uma vasta região, incluindo o oeste catarinense. As obras de ampliação da pista e a construção do novo terminal de embarque guindaram o Aeroporto Lauro Kortz como o maior do interior do Estado. A posição alcançada por Passo Fundo reflete positivamente nos municípios de seu entorno, incluindo a região da Amau, com destaque para Getúlio Vargas, Estação, Erebango e Sertão, servidas pela ERS-135.

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