OPINIÃO

Teclando - 05/04/2023

O peso da mentira

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O peso da mentira

Não é necessário voar para colocar a cabeça no ar. Mesmo com os pés na terra, mantemos a cabeça na atmosfera. Isso significa permanecer em meio ao oxigênio, nitrogênio, gás carbônico e a microscópica matéria suspensa. Além dos habituais micróbios, ultimamente o ar que respiramos está carregado de dúvidas. Na prática são mentiras semeadas, plantadas, adubadas e assiduamente regadas pela insanidade humana. A credibilidade perdeu espaço e as lorotas brilham saltitantes em mensagens, envergonhando até as fofocas das lavadeiras de antigamente. Os boatos até poderiam ser maledicentes, porém, mesmo na transmissão oral, tinham creditada alguma origem.

Ah, bons tempos em que a maldade não se distanciava da verdade. Sabíamos quem disse, onde ouviu e havia encaixe entre os personagens. Pois bem, agora a história é bem diferente. E perigosa. As redes (anti) sociais e suas excessivas liberdades, escancararam as portas para as mentiras. Então, a inverdade sentou-se à nossa mesa e passamos a conviver com o absurdo. É tanta mentira que o crédito entrou em descrédito. Acabou a palavra e o fio de bigode. Para muitos, o que chega à palma de sua mão é a verdade absoluta. Vivemos a libertinagem da desinformação, o descrédito explícito e o hábito da difamação estão na moda.

E nem pensem em retratações ou justificativas para contrapor os absurdos. Tentar desmentir uma mentira é perda de tempo e, ainda, uma forma de propagação da própria inverdade. Não há mais confiabilidade, certeza e segurança. A mentira está no ar, inspiramos mentiras e, mesmo que involuntariamente, também expiramos mentiras. O ar já não é mais o mesmo, pois está carregado de insanidades. Resta ao bom senso remanescente equilibrar-se na corda bamba para não descambar na vala comum. O absurdo veste fraque, enquanto a lógica sucumbe fantasiada de palhaço.

Bicicletas motorizadas

Nos últimos meses, observo que aumentou bastante a quantidade de bicicletas motorizadas. Ou, para ser mais correto, amplificou-se o ruído ensurdecedor dessas engenhocas. Para piorar, andam em bandos para garantir ainda mais barulho e sequer utilizam capacetes. Os condutores, habilitados ou não, conseguem um bom desempenho dessas maquininhas e cruzam pela cidade com uma velocidade considerável. Não respeitam, sinaleiras, circulam pelas calçadas e, ao que parece, não haveria nenhuma irregularidade. Nem com as bicicletas, nem com os condutores, pois andam por aí numa boa. Porém, sabe-se que há limitações de potência ou cilindradas, velocidades, exigência ou não de habilitação, respeito às normas de trânsito e, obviamente, ao meio ambiente. Li notícias sobre o recolhimento desse tipo de bicicletas pelas autoridades de trânsito em Caxias do Sul. Será que por lá as maquininhas são diferentes?

Mesa Um

A temporada 2023 da Mesa Um do Bar Oásis foi aberta na semana passada, em Assembleia Festiva Ordinária. O encontro teve como paraninfo o confrade Artur Dreher Simões, que recepcionou a gurizada em um dos salões do Clube Comercial. Além do filé ao molho e do peixe crocante, a Lizete Biazi surpreendeu com um prato de legumes grelhados. Ah, é claro, não faltou o famoso pudim do Biazi, cuja receita é guardada em um cofre na Linha Esperancinha em Aratiba. De acordo com o nosso convocador-oficial, Aldo Battisti, a próxima assembleia será na orla de Ernestina. Isso, é claro, se o desapego contagiar o paraninfo.

Meio ambiente

Secretaria Municipal do Meio Ambiente de Passo Fundo dá mostras de eficiência no combate à poluição sonora. Na semana passada, os fiscais visitaram alguns estabelecimentos onde havia o péssimo hábito do uso de alto-falantes voltados para a rua. Imediatamente o barulho parou. Tomara que a turma dessas lojas não sofra uma recaída, pois, há indícios de que não desligaram em definitivo os equipamentos. Falta de civilidade, pois um aparelhinho desses incomoda milhares de pessoas. Porém, de acordo com a legislação, se houver reincidência serão multados. Então, ao invés dos nossos tímpanos, vai doer no bolso dos infratores. Palmas para o setor de fiscalização da Secretaria do Meio Ambiente. Nossos ouvidos agradecem.

O grande estouro?

Lembram-se que no ano passado falávamos em algo que logo iria explodir? O grande estouro? Pois bem, mantenham-se em alerta que é tudo uma questão de tempo. Calma, não existe escândalo com data marcada. A boa nova para as aves de mau agouro de plantão é que teremos, ainda, outros grandes estouros. Além daqueles, digamos assim, já catalogados, haverá algo bem maior. Serão muitos, muitos megatons. Mantenham a calma e segurem a respiração. Mas, preparem-se!

Trilha sonora

Eagles - Hotel California


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