OPINIÃO

Vacina contra gripe

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As autoridades de saúde explicam a importância em relação aos cuidados preventivos de saúde, especialmente quando a população remanesce da epidemia mundial da covid. A dengue e a gripe dão sinais de que estamos diante de perigo por fragilização das imunidades, advertem os sanitaristas. A onda de doenças respiratórias, especialmente a gripe, apresenta os primeiros sinais de alerta denunciados pela lotação dos atendimentos, em postos de saúde, Upas e hospitais. Mesmo sem a chegada do frio rigoroso característico do inverno, a superlotação dos atendimentos dá sinais de alerta. Para tanto a imprensa veicula campanha governamental de vacinação contra a gripe em todo o país. A semana começa priorizando segmentos mais expostos aos efeitos da gripe, entre idosos, portadores de enfermidades, crianças, ou grupos profissionais sujeitos aos contatos mais intensos. É hora de vencermos as tolices perigosas decorrentes do negacionismo ridículo ou fanatismo eleitoral. A rede pública dispõe de vacinas para a retomada da prevenção, para evitando agravamento. A rede particular dispõe de vacinas tetravalente que devem ser priorizadas, apesar das limitações pelo custo. Vacine-se! A vacina é segura e previne contra a gripe e outros contágios que são vencidos pelo sistema de imunização reforçado.

 

Banzo

As vacinas, todas elas, na maioria dos casos apresentam algum efeito imediato, ou sintomas. Um dos efeitos é um período de aproximadamente três dias de banzo, nem tão forte quanto à conotação do termo originário da África. Por experiência própria, sente-se a ativação do próprio organismo na missão de combate à gripe, por exemplo. Dá uma sensação de nostalgia, sono ou leve coceira nas narinas. Logo passa. E estamos imunizados. Então, precisamos ver com cuidados alguns alaridos, alguns mal intencionados, formalizando fake, com o intuito de contrariar a recomendação da ciência. Salvo casos raríssimos de reação mais forte em pessoas alérgicas, tais sintomas são normais, do sistema de prevenção que o corpo ativa. É hora de animarmos as pessoas a receber a vacina a deixar de lado esse pensamento preconceituoso, fruto de fundamentalismo. É papel de todos, restabelecermos a confiança recomendada pelo SUS e acolhermos com responsabilidade a campanha de vacinação.

 

 

Mulher virtude

Sabemos que é difícil para o homem tecer considerações a respeito da mulher como ser humano, presença imersa com elevado significado na vida humana. Observando a narrativa do evangelho constamos que a primeira missão de difundir o fato como crença na ressurreição foi confiada às mulheres. A elas, primeiro, Cristo se manifestou. Ao mesmo tempo as autoridades religiosas do sinédrio atuavam contra a narrativa da história religiosa, promovendo falsas versões, e pagando aos guardas romanos para dizer que o corpo de Cristo fora roubado do sepulcro. Isso, no entanto, não prosperou. Ao longo de toda a tradição, com inúmeros pretextos preconceituosos, a versão fez prevalecer o que conhecemos como supremacia do homem sobre a mulher. A guerra como poder é a supremacia masculina. A mulher combate o terror bélico. Até nos meandros da convivência essa cultura milenar define pacto de destino: “Amantes, amentes”, frisou o pensador romano como concessão partilhada na relação homem mulher. A força feminina, no entanto, é virtude intensa, insondável, vislumbrada por imensa ternura, nunca frágil. É mistério gentil da existência. Milton Nascimento proclamou as virtudes da mulher, na canção Maria, Maria! “Maria, Maria, é um dom, uma certa magia/ uma força que nos alerta/ uma mulher que merece viver e amar/ como outra qualquer no planeta....Mas é preciso ter força, é preciso ter raça/ é preciso ter gana sempre/ Quem traz no corpo a marca/ Maria mistura a dor com alegria/ e possui a estranha mania de ter fé na vida...”

Não bastasse, Jose Hernandez, num de seus versos mais felizes e dignos : “No se allará uma muyer/ a la que esto no se cuadre/ Yo alabo al eterno Padre/ no porque las hizo bellas,/ sinó porque a todas ellas/ les dió corazón de madre”.  


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