O badalo das badaladas badalações
Há muitos anos, observo que a badalação pode ser um indício. Aliás, é um badalo que alerta para alguma anomalia social. Obviamente, a evidência é normal para aqueles que se destacam. Mas se as badaladas forem excessivas e alguém ou algo tomar conta da vitrine, fique de olho. Quando o milagre é demais o santo desconfia, diz um velho e lógico ditado popular. Há alguns anos, uma operação policial tomou conta das manchetes. À época, estranhei tamanha badalação. Era só no que se falava. Tanto badalaram que o assunto se transformou em lava-chato. A badalação carregava algumas estranhezas, como o fato de um juiz ter tamanha exposição na mídia. Ora, sabe-se muito bem que a impessoalidade é premissa para um magistrado.
Badalando, logo o nome tão badalado despontou nas badalações políticas. Não entro nas consequências, pois a minha causa está focada apenas nas badalações. Os badalos midiáticos são abrangentes e mexem com mortais em todos os segmentos. Temos a badalação social, cujo glamour pode acobertar requintados ou primários golpes. Já vimos muitos casos em nosso meio que, propositalmente, entraram para o esquecimento. Além do magnetismo pelo vil metal, outra forte tentação propiciada pelas badaladas é a vaidade humana. Certamente, o dinheiro e o espelho ecoam a cada badalada. Isso se não considerarmos o binômio paixão-cama, o que também pode ser o objetivo ou, ainda, a própria consequência da badalação.
Se o sujeito está em todas também é uma badalação. Hoje, comprovamos isso nas desenfreadas redes sociais. O objetivo pode ser uma pretensão política, ganhando espaço e figurando na vitrine. Observem que muitas badalações resultam em candidaturas nas próximas eleições. Já quando as badaladas são insistentes, há um grupo por trás da propositada badalação. Obviamente, há a exceção daqueles que badalam apenas para contentar o próprio ego. Mas o ego inflado também é uma ameaça. Ora, então, vamos ficar muito atentos às badalações. São fortes indícios que, quando previamente detectados, podem ser úteis à sociedade.
De Passo Fundo para o mundo
Depois de gravar vários nomes nas Mil Milhas Brasileiras, o Brasil ficou pequeno para o automobilismo passo-fundense. Então, em abril de 1979 (que na minha Facit registra 44 anos), nossos pilotos buscaram o primeiro título de Passo Fundo em circuitos do exterior. A dupla Carlos “Balão” Martins e Edmar “Nino” Stédile venceu as Três Horas de Pedro Juan Caballero, no Paraguai. Ostentando o número 42, correram com um Fusca 1976 e chegaram ao topo do pódio. Para isso, é claro, entrou em cena o saudoso Ezequiel Pelegrini, o Zica, famoso preparador de motores. O fusquinha ganhou um motor 1.9, radiador a óleo, comando e virabrequim roletados e era alimentado por quatro carburadores Weber. Na pista de 3.750 metros, Balão e Nino se esmeravam nas curvas com pneus aro 13” Cinturato da Pirelli. Grandes pilotos, grandes amigos. Abraços!
Tasca
Ontem, a Mesa Um do Bar Oásis teve a sempre agradável presença da família Tasca. O confrade Ivo bateu o ponto na companhia do filho Tucha (Rogério) e esposa Vania, que vieram do Rio. Tucha deu um tempo para o Corcovado e o Cristo Redentor para matar a saudade da Cuia e da Praça Marechal Floriano. Amanhã, também participam do café na tarde de quinta-feira na casa do Ivo. Pena que domingo voltem ao Rio, pois não estarão no tão prometido almoço paraninfado por Léo Castanho e Rafael Brizola Marques, cuja data ainda é um mistério.
Operação Cotonetes
O secretário Municipal do Meio Ambiente, Rafael Colussi, está empenhado em acabar com a poluição sonora em Passo Fundo. A assepsia começou pelo centro, onde algumas lojinhas ainda utilizam alto-falantes em suas portas. Em alguns casos, o próprio secretário entrou em contato com as empresas. Orientação, advertência e, se necessário, as multas vão doer no bolso dos mal-educados. Na maioria dos casos, a conduta inadequada ocorre em estabelecimentos menores que estão longe da grandeza do comércio de Passo Fundo.
Estouro
De um lado, TNT puro com estopim a espera de uma faísca. De outro, a ansiedade de curiosos agourentos de toda espécie.
Trilha sonora
Em 1967, foi rodado Casino Royale com um grande elenco para uma grande sátira aos filmes de espionagem. Uma comédia digna da trilha de Burt Bacharach: Dusty Springfield - The Look of Love