OPINIÃO

Teclando - 21/06/2023

Jornal em três tempos verbais

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Jornal em três tempos verbais

O tempo é um percurso. Os anos são como as plaquinhas que indicam a quilometragem nas estradas. Essa marca é a idade, que corresponde à existência. Na segunda-feira, dia 19, o Nacional completou 98 anos. Isso representa uma longa marca para uma publicação diária. Mas, além do extenso percurso, há uma importante trajetória. Eis a diferença! A história do Jornal é um filme que passa em nossa mente em forma de papel e tinta. Não vou brigar com a calculadora para falar em toneladas de papel ou galões de tinta. Mais do que o papel impresso carregado de palavras, O Nacional é uma sequência de acontecimentos.

Sim, isso é história. E essa história está nos três tempos verbais: no passado pela própria trajetória, no presente pelo andar cotidiano e no futuro pela visão evolutiva. Interessante é observar que as três épocas estão entrelaçadas no que podemos resumir como um legado de credibilidade. E, bem sabemos, tradição não se compra num bolicho por aí. Para isso é necessário fazer história, construir a história, além de conhecer e respeitar a história do nosso meio. É importante lembrar que isso não significa nostalgia e nem cheira a mofo. Ao contrário, é um movimento incessante que há 98 anos, literalmente, vira páginas.

As folhas impressas têm energia, mesmo paradas sobre uma mesa, pois o Jornal não é estático. E muito menos fugaz, porque a qualquer instante pode ser consultado. Além disso, o percurso de O Nacional ainda segue em paralelo com as maravilhosas invenções da humanidade. O papel ganhou tentáculos eletrônicos, mas nunca tirou os pés do chão onde cresceu. A tradição também se solidifica com o respeito pelos que nos cercam. Dos tempos do Seu Múcio ou agora com Múcio Filho, orgulho-me em acompanhar e participar de parte dessa trajetória. O Nacional é bem assim. Uma respeitosa tradição que veio de ontem, está entre nós hoje e com um pé no amanhã.

Aeroporto

O Sindicato Nacional dos Aeronautas, através de ofício à Infraero, reclama de dificuldades dos tripulantes para acessar as Áreas Restritas de Segurança no Aeroporto Lauro Kortz. “O SNA recebeu denúncia de que os Agentes de Proteção da Aviação Civil (APACs) do Aeroporto de Passo Fundo/RS (PFB) têm impedido os tripulantes da aviação comercial uniformizados, portando o Certificado de Habilitação Técnica (CHT) e crachá da empresa, de acessar as áreas Restritas de Segurança (ARS), ainda segundo a mesma denúncia, os tripulantes também têm sido impedidos de utilizar as filas preferenciais”, diz o ofício. As ARS são áreas cujo acesso é restrito às pessoas autorizadas como, por exemplo, entre a área de inspeção e a aeronave.

Barulheira

Continuamos na maior sonzeira. As motos respondem por grande fatia da torta de decibéis que despejam em nossos ouvidos. Isso já há um bom tempo e, como persiste, parece que não são ‘perturbados’ por nenhum tipo de fiscalização. Outra turma barulhenta é a dos malandros à pilha cujos automóveis tremem com a vibração dos alto-falantes. Chinelagem tão suburbana que a pilha deve ser de lenha. Também andam por aí numa boa que até parecem imunes às leis e isentos de multas. Nas portas das lojas a situação já melhorou, após a fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Mas, infelizmente, alguns remanescentes ainda persistem na infração.

Espinhaço de ovelha

Domingo, tive o privilégio de provar (e abusar) de uma iguaria campeira inigualável: espinhaço de ovelha com abóbora. A receita veio da área sul de Uruguaiana, onde o Antônio Maria criou os cordeiros. O anfitrião foi o Comandante Antônio Frediani, que reuniu a imensa família Costa Lopes (Gerson, faz um tutorial!). Nas panelas, as irmãs Nica e Josete desmancharam as abóboras de pescoço e os espinhaços formando um creme maravilhoso. Simplesmente, dos deuses! Prato digno de dar de pelego em qualquer concurso gastronômico. Ah, em tempo: chora Mendrujo!

Plaquinha

Lembram-se daquela plaquinha indicando proibição de dobrar a esquerda, que estava na Brasil esquina General Netto no sentido Boqueirão - Petrópolis? Continua desaparecida desde 2019.

Trilha sonora

Diana Krall - California Dreamin'


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