OPINIÃO

Conjuntura Internacional

Por
· 2 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

 

o Ocidente do conceito de segurança internacional”. Assim, os países da OCX advogam pela sua visão de “segurança internacional”, que engloba uma guerra completamente ilegal contra um país soberano e um potencial conflito cEnquanto as tensões redobram, a partir dos efeitos da contraofensiva empreendida pela Ucrânia, em um campo de batalha cada vez mais complexo, reuniu-se em cúpula a Organização para Cooperação de Xangai (OCX). A organização foi fundada em 2001 e reúne países como: China, Rússia, Índia, Paquistão, bem como Ex-Repúblicas Soviéticas. O seu objetivo é o de articular estratégias para a segurança na região, com forte apelo antiocidental – a OCX também discute temas como a substituição do dólar como moeda corrente internacional e até mesmo uma possível aliança militar para confrontar com a OTAN. Esses discursos tomaram ainda mais relevo com base na conjuntura que se desenhou no tabuleiro geopolítico. Desde a eclosão da guerra na Ucrânia, os países que manifestaram apoio à Rússia e até aqueles com posição dúbia, como a Índia, fizeram emergir uma concepção inclinada ao questionamento da ordem internacional posta, onde impera o dólar e o espaço de manobra é muito maior em favor das potências ocidentais. As sanções impostas à Rússia demonstram a relativa preponderância do Ocidente, por mais que o efeito de algumas sanções sejam efêmeras. Xi Jinping e Putin participaram, virtualmente, da última cúpula da organização.

 

Ponderações 

Algumas ponderações são importantes: 1) a Índia superou a China em termos de população e persegue um crescimento anual que pode superar o chinês, tornando-se em 2022 a quinta maior potência econômica mundial, passando o Reino Unido; 2) a China já possui o maior exército e a maior marinha de guerra do mundo, articulando uma projeção militar internacional que alcança a África, inclusive com bases militares. Além disso avança com o seu programa de projeção econômica, denominado Belt and Road Initiative, que visa literalmente “comprar” países do terceiro mundo, inclusive ditaduras latino-americanas. Há de se mencionar também o célere programa nuclear do país, em meio às narrativas nucleares e as duvidosas pretensões com Taiwan; 3) a Rússia e a China buscam resultados de sua “parceria sem limites”, inclusive havendo a suspeição de possível ajuda militar de Pequim a Moscou.

 

Irã 

A política externa fracassada de Biden abriu mais espaço para que o regime terrorista do Irã pudesse reforçar o seu programa de enriquecimento de urânio, que se encontra em estágio de risco à segurança internacional. Soma-se a esse fato a recente adesão do país à OCX, como membro pleno, em momento de narrativas inflamadas contra o Ocidente e os EUA.

 

Os discursos 

Os discursos levados à cabo na cúpula da OCX, de forma indireta, demonstram a indisposição de seus membros com a ordem internacional vigente, bem como, em sua visão, “a apropriação pelom Taiwan.

 

Posição 

Torna-se necessário que as potências ocidentais tomem a dianteira, não permitindo que a organização possa impor a sua visão de segurança internacional, antes que seja tarde, o que seria um caos incalculável. Nessa parceria, entre China-Irã-Rússia, há de se manter constante observação, gerenciar riscos geopolíticos e articulação de eventual pronta resposta.

 

 

Gostou? Compartilhe