OPINIÃO

Órfãos da guerra

Por
· 3 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

A informação instantânea dos meios de comunicação mostra o mais terrível espectro das disputas pelo poder no mundo: a guerra. A destruição não observa limites, como se percebe nas linhas de combates em território ucraniano, invadido pela Rússia. Quando não se imagina consequências mais graves do que os confrontos bélicos a luta sangrenta atinge indiscriminadamente mulheres e crianças. Alguns limites ditados pela mínima ética humanitária, a cada momento desaparecem em frontes de batalha com massacres aos núcleos civis. As organizações internacionais que aparentavam tão poderosas perderam a voz. Ao contrário, agora os USA incluem em seus estoques de munição o uso de bombas de fragmentação. A justificativa de Biden é glacial, dizendo apenas que Volodymyr Zelensky está sem munição, e por outra, a Rússia também usa tais bombas condenadas por mais de uma centena de países. Os dois lados formam uma fria paridade na adoção de mercenários neonazistas. Não há qualquer esforço para reduzir o recrudescimento dos bombardeios que varrem pessoas indefesas, que querem fugir da guerra, mulheres e crianças. A saga sanguinária de Putin e Zelensky chega ao nível muito semelhante nos critérios logísticos. O que se apresenta agora é total ausência de questionamentos em relação às consequências imediatas à vida humana de indefesos perante a guerra, que sempre é injusta. A eliminação de infantes, além dos percalços que os atormentam em todas as partes do mundo, já não atormenta as versões do conflito. É vala comum dos inocentes. Num mundo em que a criança sofre abandono, fome e frio - o massacre da guerra parece torna-se apenas um registro vezeiro.

 

Desconforto

A inelegibilidade de Bolsonaro foi celebrada pelos adversários, a tendência de esquerda. Observe-se, no entanto, que a reposição de outro nome para a próxima disputa eleitoral pode representar frente opositora mais consistente ao governo Lula, ou seu candidato para futura eleição. A avaliação é de que o nome de Bolsonaro já estava em processo de desgaste, pelos seus excessos irreversíveis de cunho totalitarista e comprometimento ao bom senso. Em síntese, Lula e o esquema vencedor hoje no comando do país, perdem um alvo mais fácil de ser demovido na próxima disputa. Queiram ou não, Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, além de governar o mais importante estado da federação, desponta invulnerável em condições de competir. Certamente não terá a estrondosa rejeição de Bolsonaro que cada vez mais se agrava. Por isso a alegria pela punição ao ex-presidente é plausível no processo de purificação democrática. A exigência de maior êxito do governo Lula/Alkmin, contudo, é implacável. Esse é o aspecto muito bom à democracia, que dá horizontes mais amplos à disputado eleitoral.

 

Defesa

Já se tem a notícia de redução no desmatamento da Amazônia. Há, no entanto muito a fazer para salvar o nosso meio ambiente, especialmente diante dos ataques às reservas de preservação. O crime organizado com dimensões além das fronteiras do Brasil cresceu muito nos últimos anos pela perigosa tolerância do governo brasileiro. Foi muito grave a propositada omissão do governo no combate ao garimpo ilegal, devastação da floresta e massacre aos nativos, quilombolas e população ribeirinha. As forças oficiais devem ser irredutíveis no combate aos invasores que matam índios e destroem nossos recursos naturais.

 

Saúde

A advertência do cardiologista Roberto Kalil é em relação ao alto índice de moralidade causada pelas doenças cardiovasculares e acidente vascular cerebral. Ao mesmo tempo destaca a produção de medicamentos capazes de reduzir as causas do enfarto, por exemplo. Assegura que as vacinas, todas elas, reduzem o índice de infartos, além dos cuidados amplamente difundidos no controle do colesterol e outros detalhes.

Controle

O Supremo Tribunal Federal está analisando a inconstitucionalidade de subsídios a promotores aposentados, na ordem de 20%. Altíssimo salário em diversos setores públicos. São os privilégios legalizados por legislação corporativista, como no TCU de Goiás, onde os salários médios chegam a 170 mil reais.

 

 

 

  

 

Gostou? Compartilhe