OPINIÃO

Nísia Verônica

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O início de governo causa muitas preocupações na definição dos cargos públicos federais. As tais acomodações, com assentimento a forças partidárias do centro, até divergentes na disputa eleitoral na vitória de Lula contra Bolsonaro, chegam a causar apreensões sobre o rumo político lulista. A democracia, no entanto, inclui a necessidade de acolhimento no poder, mesmo com o sacrifício de espaços ao contexto genuinamente partidário, ou as raízes da esquerda que volta ao poder na conquista legítima do voto. Sofre, portanto, o pragmatismo ideológico. A ideia de retomada da credibilidade de políticas sociais, no entanto, resta incólume na condução presidencial. A manifestação do presidente Lula foi bastante clara ao reafirmar a confiança e acerto efetivo na ministra Nísia Verônica Trindade de Lima. Ela representa corrente assumida no resgate da missão de governo e de estado na saúde pública. Os danos causados por equívocos, distorções, leviandades, e cinismo no governo passado, diante da crise pandêmica que assolou o país exigem o nome de Nísia. As hostes do negacionismo já encontraram a força, competência e fidelidade à saúde pública da atual ministra, liderando resistência ao descalabro que negava a orientação social e humanística. Na formulação das propostas de retomada do compromisso com a saúde dos brasileiros já se procurava alguém como a atual ministra, para essa indeclinável missão. A primeira mulher a assumir a pasta ministerial da saúde. Credenciada pelos conhecimentos técnicos e científicos, acrescenta o olhar feminino; e Nísia se faz Verônica, inspirando, seu nome, olhos atentos à saúde do povo mais necessitado. Na via Crucis foi Verônica quem estendeu o véu para enxugar o rosto de Jesus no sofrimento atroz, suplício que o levou à morte pelo povo sofredor. Antes que algum ledo acendedor de fogo amigo da política tente novamente bulir com o Ministério da Saúde, é preciso lembrar que Lula disse com todas as letras: Nísia fica! É isso, seu Lula!

 

Mandela

E lá se vão mais de cem anos do nascimento do mais celebrado líder do continente africano, Nelson Mandela. Durante muitos anos a África do Sul foi vítima do grande ultraje racista, com toda sorte de discriminação social, econômica e cultural. Na única universidade a que tinham acesso os negros, despontou a liderança de um jovem negro que se formou advogado. Coragem, talento, e devoção ao seu povo, forjaram a grande resistência contra dominadores. A luta pela igualdade e liberdade. Mesmo preso com perigo de ser morto, suportou 27 anos de prisão. No cárcere mantinha a saga libertária comunicando-se com seus liderados. A força de seu pensamento fixa na mobilização foi algo estupendo. A exprimida chance de estudar na Faculdade de Direito acendeu chama incontrolável de amor libertário. Chegou à presidência do país. Sua alma guerreira, e muitos que tombaram na marcha para um novo dia, conquistaram patamar emancipatório. Essa história conhecida de todos é sinal ao mundo. Todos os que lutam por igualdade racial, especialmente no Brasil, certamente sentem que andamos rumo à paz social nos relacionamentos internos.

 

Cotas

O Congresso Nacional acaba de aprovar a continuidade das cotas que abrem oportunidades aos negros e pardos. As claves de amargura que ainda ferem a consciência nacional começam a afrouxar, e chagas ainda vivas passam a ser curadas. Comunidades quilombolas emitem vibrações de prosperidade, com acesso à saúde e educação. No campo e na cidade a capacidade, beleza e estética moral comprovam que a vida pode ser melhor para todos, sem a miséria do racismo.

 

Ozonioterapia

O tratamento já utilizado em procedimento odontológico ganha importância com a possibilidade mais ampla na medicina. No curso científico falava-se do O2 e o oxigênio forte, O3. Nossa ignorância no assunto não permite maiores comentários sobre o aspecto técnico do assunto. A aplicação dessa, digamos, filtragem sanguínea gera polêmica. Salvo os casos recomendados, resta a dúvida sobre o que os médicos avaliam como consequências previsíveis, ou imprevisíveis!

 

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