OPINIÃO

Desastres teremos sempre

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O excesso de águas que despencam sobre várias cidades do nosso estado toldou de luto toda a comunidade. Estamos diante dos efeitos da maior enchente dos tempos conhecidos. O continente asiático registra devastações desde milênios. Enfim, fogo, água, terremotos, vulcões, frio e calor extremo, têm assolado a história da humanidade em diferentes graus de violência de modo a tornar catástrofes cada vez mais previsíveis. São transformações que não podem ser impedidas. A mais comum no Brasil está ligada ao excesso de chuvas. Modernos conhecimentos sobre intempéries já permitem antever o que possa acontecer de mais grave, conforme comprovam previsões meteorológicas. Os acontecimentos de maior amplitude, no entanto, são e serão sempre implacáveis, pois a força da natureza é muito superior ao poder humano.

 

Como remediar

Se tem sido impossível evitar a força dos abalos da natureza, é possível, no entanto, aplacar muitas de suas consequências. O primeiro passo é não destruir a natureza ou provocá-la. Aí é que nos deparamos com os maiores ultrajes ao curso normal dos rios, ou dos ventos. A velha advertência dos naturalistas franceses: “chassez le naturelle et’il revient au galop”. (provoque a natureza e ela responde imediatamente). Daí que jogamos lixo no rio, devastamos cruelmente as margens de riachos, jogamos óleo nas lagoas, eliminando a simbiose de preservação que inclui a fauna e flora. Os estudiosos e observadores do solo, mata e águas, queixam-se por serem incompreendidos. E há décadas insistem na explicação sobre a inadiável recomposição dos solos nas margens dos rios que são mananciais de vida para o campo e para a cidade. Especialmente a falta de vegetação ribeirinha inibe os canais subterrâneos que irrigam o sobsolo. Quando vem a cheia há abalo nas infiltrações que deveriam absorver a umidade. Além de ressecar reservas de água para o período de seca, reduz-se a absorção, induzindo assoreamento dos leitos fluviais. O rio segue invade tudo por que não admite ser sufocado pela ausência dos canais de vasão. Se os fenômenos naturais são de origem inelutáveis, as providências e cuidados que cabem aos ocupantes do nosso planeta podem ajudar. Sim a equação para o desastre consumado é mitigar efeitos, salvando a vida das pessoas, restaurando o solo, reconstruindo casas e estradas para retomar a lida, evitando prejuízos maiores. Se um hospital for construído coma a devida qualidade, sem corrupção na contratação da obra, o problema será menor. Falamos no socorro efetivo, com a compaixão saneadora e inteligência afetiva. A consciência e dedicação do estado e dos cidadãos, no respeito aos recursos naturais utilizados para o desenvolvimento são fatores a pensarmos seriamente na preservação da natureza, para que não venha a faltar ar para respirarmos. E atenção mais precisa no socorro a restauração das cidades abaladas. Agora sujeitas aos prejuízos econômicos, redução da produção, restrição nos postos de trabalho outras. Iniciativas neste sentido é investimento preventivo para evitar que a desgraça se espalhe.

 

Vale do Silício

Taiwan está na mira dos interesses dos países poderosos. Aviões chineses patrulham os ares do território que concentra maior produção dos chips semicondutores do planeta. A guerra já existe. Qualquer surpresa na linha de produção vai afetar a vida de grande parte da população mundial. O Silício, ou silícium (sílex – do latim) é o segundo elemento químico mais abundante na crosta terrestre. O produto beneficiado é disputado por todo o mundo, mais ainda pelos UEA e China, que considera Taiwan território chinês. Essa briga vai longe. Mais guerra no Vale do Silício é muita maldade.

 

Supremo

O STF julga os primeiros acusados, abandonados ou não, da invasão da praça dos poderes em Brasília. As penalidades aplicadas nos primeiros julgamentos são consideradas severas. Acontece que os acusados, teleguiados ou não, praticaram crime contra a democracia. Centenas deles certamente não terão a mesma pena, escapando da clara comprovação da materialidade criminosa. Mas é bom saber que a resposta do judiciário é importante para segurar atentados mórbidos contra a pátria e sua democracia.

 

 

 

 

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