Desalmadas almas conflitantes
Os noticiários não falam mais em paz e amor. Agora a pauta é guerra e ódio. Chegamos à era da inteligência artificial, do mundo conectado e da instantaneidade da informação. Porém, convivemos com o contrassenso de um planeta que assiste a duas guerras onde a humanidade utiliza todo seu conhecimento tecnológico para matar. Argumentamos pela paz, mas, de maneira aberta ou dissimulada, torcemos por um lado beligerante. Queremos paz, mesmo com os olhos e ouvidos atrelados aos noticiários da guerra.
Parece que estamos diante de um jogo de futebol, pois avaliamos posições táticas, estratégias e o mortífero arsenal bélico de cada lado. Os dois grandes conflitos da temporada estão em cartaz bem longe daqui. Enquanto isso, por aqui ainda reina um clima de bipolarização cega e doentia na política. É claro, o oportunismo politiqueiro também é um divisor de opiniões e separa os dois lados para onde escorre o sangue dos conflitos. Não deveríamos olhar para a guerra e abraçar bandeiras que matam.
Assim como nas outras tragédias, a guerra já é um espetáculo onde figuram supostos mocinhos e bandidos. Tem queridinho da mídia, preferido de um lado político e engajado pela outra facção, enquanto os mais obscuros interesses cruzam os céus em voo de formação com os mísseis. Isso não é apenas um conflito. É uma prova de que não evoluímos. Fica claro que a humanidade ainda nem atingiu a adolescência e está bem longe da maturidade. Guerras não têm verdades e as vidas transformam-se em gélidas estatísticas. A única lógica atrelada à guerra é a da insanidade dos terráqueos.
Talentos nas alturas
A Feira do Livro começou no domingo com a qualificada leitura musical de Alegre Correa. O local não poderia ser melhor, a céu aberto, na Arena Instituto Histórico de Passo Fundo. Alegre, na sua inquietude talentosa, desta vez desembarcou com dois cantores: Luna Paz e Dudu Fileti. O ambiente transformou-se num pentagrama arredondado propiciando a intimidade da plateia com o palco. E, na clave de sol, faltaram linhas superiores para mostrar as oitavas por onde flutuavam as vozes de Luna e Dudu. Eles jogaram alto com cantos bem colocados nos arranjos sempre intrigantes de Alegre. O trio hipnotizou o público que reverenciou-os com a sintonia do silêncio e aplaudiu de pé. Também músico, o prefeito Pedro nem piscou durante a apresentação. É sempre muito bom reouvir o Alegre, que transforma um instrumento numa orquestra.
Divisor de águas
Sabe-se muito bem que Passo Fundo é um divisor de águas. Ali, bem em frente à Catedral, as águas se separam para seguir rumos distintos: a Bacia do Uruguai e a Bacia do Jacuí. Pois bem, de uns tempos para cá o fluxo dessas águas sofre uma obstrução na sarjeta. Isso, além de prejudicar a equânime separação das águas, ainda atrapalha o acesso à Catedral e ao Oásis em dias de chuvas. Entre o asfalto e a calçada, é necessário ultrapassar um córrego de mais de um metro de largura. Aí, fica difícil.
Contêineres
Nos últimos dias, vejo muitos contêineres sobre as calçadas. Motoristas sem limite (nada a ver com o filme do Teixeirinha), na falta de vagas para estacionar, retiram os contêineres e colocam os carros no espaço. Simples assim. E não vi apenas uma ou duas situações. Acredito que foram quase dez casos. Malandragem de araque que justifica boas multas.
Léo e Bruna
Os afilhados Bruna e Léo Castanho estiveram na Europa. Na Inglaterra, visitaram o palácio de Buckingham com objetivo de entregar ao Rei Charles III uma camisa do Sport Clube Gaúcho. Publicaram fotos do local, da troca de guarda e outros detalhes interessantes. Regressaram na segunda-feira e ainda não publicaram nada sobre a entrega da emblemática camisa verde e branca. Levaram uma alusiva a Bebeto - o Canhão da Serra. Será que Charles já está com a número 9?
Trilha sonora
Alegre Correa – Sete de Copas