OPINIÃO

Teclando -01/11/2023

Gildo Flores

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· 3 min de leitura
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Gildo Flores

Se o rádio é fascinante, imaginem as suas histórias? “A Era de Ouro do Rádio em Passo Fundo” foi o tema do encontro promovido na semana passada pelo Instituto Histórico de Passo Fundo. Tive o privilégio em participar da bancada com Jorge Antônio Gerhardt e mediação de Fabi Beltrami. Os convidados especiais foram Carlos Venhofen Flores e Juliano Flores. Sim, os filhos de Gildo Flores, ícone da radiodifusão em Passo Fundo. O presidente do IHPF, Djiovan Carvalho, estava na atenta e participativa plateia. Viajamos nas ondas médias para lembrar a importância do rádio numa época em que a televisão era quase uma ficção científica.

Juliano, em minucioso trabalho, recuperou a trajetória do pai e, assim, também resgatou a história do rádio passo-fundense. Carlos mostrou um audiovisual com a narração do próprio Gildo em capítulos sobre o radioteatro, os músicos da época e os grandes shows nacionais no Restaurante Maracanã. Destaque para o programa de auditório Clube do Titio, no qual Jorge Antônio participou como calouro de Gildo e anos mais tarde como apresentador. O vínculo da Rádio Passo Fundo com O Nacional era forte naquela época, pois Múcio de Castro entrou na história em imagens e filmes, como diretor de O Nacional, deputado e patrão do Lalau Miranda.

Gildo assumiu a gerência da emissora com apenas 24 anos e também apresentou o marcante Repórter FNM, versão passo-fundense de o Repórter Esso. Em 1965, Arnaldo Ballvé levou-o para comandar a Rádio Caxias. Era a líder das Emissoras Reunidas Rádio Cultura Ltda, então a maior rede radiofônica do Sul do País.

E o Gildo? Hoje, segue trabalhando com publicidade em Caxias do Sul. Aos 92 anos, acorda às 04h30 para preparar e assar o pão do café da manhã. Ao final do encontro, Jorge e eu conversamos por telefone com ele. Fiquei impressionado com a lucidez de sua privilegiada memória. Também muito feliz ao saber que continua lendo O Nacional, agora pela internet. E, lisonjeado, descobri que é leitor desta coluna. Muito obrigado, Gildo. Forte abraço!

Barulho

Na semana passada, a equipe de fiscalização da Secretaria Municipal do Meio Ambiente deu uma geral na Avenida Brasil. A ação seguiu orientação do secretário Rafael Colussi, com objetivo de acabar com as irregularidades no uso de alto-falantes na porta dos estabelecimentos. Os fiscais orientaram, advertiram e, enfim, fizeram cumprir a lei. Com a volta do silêncio, já escutamos o canto dos pássaros sobre as árvores centrais da principal avenida passo-fundense. Um belo trabalho do pessoal da Prefeitura. Uma ação que seria desnecessária se houvesse bom senso, respeito à boa convivência social e a indispensável educação de todos.

Estação de Monterrey

Recebi um exemplar do romance “Estação de Monterrey”, com dedicatória devidamente firmada pelo autor Júlio César Pacheco. É uma bela jornada ferroviária com embarques e desembarques nas mais diferentes estações da vida. Em cada apito surgem momentos, paixões e ideais. Neto de ferroviário, Julinho, como é conhecido entre nós, fez desta viagem uma homenagem aos trens que transportaram a nossa história. Foi à beira da estrada de ferro que construíram as maiores cidades que hoje conhecemos. Então, lenha na caldeira pois eu quero andar rápido nos trilhos dessas páginas para chegar logo à Estação de Monterrey.

Caminhonete

Até parece brincadeira, mas é a mais escancarada realidade. Uma caminhonete, conduzida por um jovem, sistematicamente ocupa uma vaga na área azul por mais de 12 ou até 18 horas em plena Avenida Brasil. Como todos sabem, a área azul tem estacionamento limitado em duas horas para propiciar a rotatividade do espaço. Para deixar o veículo tanto tempo no mesmo lugar o motorista é respaldado por um cartão de idoso no para-brisa. Idoso? Ora, se ele for idoso eu sou um fóssil da era paleozoica. Isso ocorre quase que diariamente e de maneira escancarada. Ao que parece, apenas os azuizinhos ainda não viram.

 Estouros

Calma. Temos estouros, explosões, rojões e implosões na programação dos grandes escândalos. O estopim já queimava há alguns dias e, logo, uma bananinha de dinamite deu início à fragmentação. E, como uma dinamite só não faz grande explosão, parece que pelo ribombar a desintegração será muito ampla. Fortes indícios de uma pulverização com um efeito abrangente além da imaginação. Isso que ainda não acenderam o estopim da bomba maior. Aguardem!

Trilha sonora

The Floaters - Float On


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