OPINIÃO

Conjuntura Internacional

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Israel segue o curso de sua campanha terrestre e aérea em Gaza, e não poderia ser diferente. As últimas declarações dos terroristas do Hamas favorecem o objetivo maior de Israel, a destruição completa dos terroristas, por mais que inúmeros desafios possam emergir nas próximas semanas. Segundo um dos principais terroristas do Hamas, eles ensinarão a Israel “uma lição, e farão novamente e novamente”. Se tivéssemos um vizinho de porta terrorista, cujo único objetivo é o de nos eliminar, isso tudo após terem invadido a nossa casa e, de forma brutal, tivessem sequestrado os nossos familiares, vitimando vários deles com ações bárbaras, às nossas vistas, talvez aí poderíamos entender o dilema imposto aos israelenses. Até o fechamento desta coluna, alguns civis palestinos haviam conseguido cruzar a fronteira com o Egito e um novo desafio surgia, a partir do Iêmen. Agora com os terroristas conhecidos como Houthis, apoiados fortemente pelo Irã, que os usa também em sua guerra por procuração contra Israel. Eles divulgaram vídeos com lançamento de mísseis e drones contra os israelenses. Todos eles foram interceptados no Mar Vermelho, não representando riscos aos civis.


Oriente Médio 

Nos cenários que já trouxemos aqui na coluna, falamos da possível extensão da guerra para o contexto regional, do qual o Irã segue desestabilizando, atingindo os seus objetivos. Segundo fontes, os terroristas Houthis conseguiriam promover ataques em todo o Oriente Médio, com os mísseis que possuem. Mais uma ameaça que Israel terá de lidar, bem como os seus aliados. Para o Irã, Israel teria “cruzado as linhas vermelhas”, com a sua incursão terrestre em Gaza. O Irã chegou a ameaçar que a incursão poderia “forçar outras partes a tomarem ações”. Isso antes do pronunciamento de guerra contra Israel, pelos terroristas Houthis do Iêmen.


Barbárie 

Antes de sua incursão, Israel solicitou por inúmeras vezes, que os civis se deslocassem para o Sul de Gaza. Os terroristas do Hamas continuam tentando impedir esse deslocamento, uma vez que utilizam os civis como escudo. A questão que se coloca é a de que, por certo e moral, devemos condenar a morte de civis, ao mesmo tempo que empreender uma guerra de cunho assimétrico seja demasiado complexo, com resultados inevitáveis. Cada dia é um desafio e o avanço é lento. No plano internacional, observam-se inúmeras críticas contra Israel, e muitas delas, de quem acredita nas “informações oficiais do Hamas". Desde 1948, Israel empreende esforços diários pela sua própria sobrevivência. A escalada de tensões e as novas frentes que se abrem, a partir da estratégia iraniana, abrem ameaças que se estendem para além de Israel e atingem a todos, no Ocidente. A escalada terrorista trará desafios diários aos países democráticos, que abriram as suas portas, dando guarida para muitos radicais, que hoje afixam estrelas de David para marcar as residências judaicas, um verdadeiro retrocesso civilizacional. Na verdade, o que estamos vendo não é um problema isolado de Israel, muito pelo contrário, é a divisão clara de choques de civilizações, ou melhor, da civilização contra a barbárie. A cada semana, novas e potenciais ameaças surgirão. Enquanto isso, o eixo das autocracias se organiza, querem ver o regime ocidental fraturado, tudo pelos seus interesses, mesmo que para isso tenham de apoiar os bárbaros. 

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