Mediocridade comportamental
Bom ou ruim, aquilo que hoje vivenciamos na sociedade é fruto do comportamental. Tudo que temos pela frente resulta de um comportamento coletivo. E isso já é mais do que o suficiente para nos deixar em estado de alerta preocupante. Observem que a mediocridade supera a lógica e transborda a capacidade de saturação do bom senso. É isso que eu vejo, ouço e não compreendo.
Aparentemente inofensiva, a mediocridade surgiu fantasiada de apelo comercial. Logo ganhou status de popular, engrenou uma terceira marcha e o popularesco passou batido. Já bem embalada, virou baixaria e rolou morro abaixo. Sem enfrentar obstáculos da erudição, ganhou ares da falsa modernidade, mas, de fato, é a mais pura vulgaridade. Enfim, a mediocridade abundou. E não é nenhum exagero da minha parte, pois basta apenas ouvir aquilo que escutam por aí. Nem vou falar nas redes sociais, o que seria equivalente a pescar no aquário.
A verdade é que impera a máxima do ‘quanto pior, melhor’. E ai daquele que ousar criticar a baixaria em vigor. Isso é um reflexo do comportamental que vigora na sociedade. Então, é necessário lembrar que o comportamento coletivo é a sedimentação das condutas individuais. E, assim, voltamos aos bancos escolares onde avaliavam nosso comportamento, uma maneira para delinear as boas condutas. Ora, a falha está na base: o berço e a escola. Ou o bom gosto simplesmente foi abduzido por desconhecidas energias cósmicas? Bem pior. A vulgaridade está blindada pela mesma ignorância que corrói a cultura e sepulta os talentos.
Luiz Teixeira
Em várias oportunidades, tive o privilégio de entrevistar Luiz Graeff Teixeira. Conversas muito agradáveis onde, com exímia agilidade mental, debulhava e semeava os grãos com atenção à palha para não degradar o solo. Transformou as entrevistas em verdadeiras aulas. Privilégio maior, através da amizade com o Múcio, tive em conviver com ele e esticar a pauta para a vida, enquanto dedilhava lindas canções. Agrônomo curioso e inovador, ia da sensibilidade do pianista à estratégia do enxadrista. Luiz Teixeira, que nos deixou na semana passada, era daquelas raras pessoas à frente do seu tempo. Afável, culto e talentoso.
Papais Noéis
O Réveillon é um brinde de esperança. Já o Natal está atrelado ao brilho nos olhos das crianças. Nos galhos dos pinheirinhos natalinos brota a fraternidade. É uma energia contagiante e provoca ações para levar o brilho para mais olhares infantis. Muitas pessoas ou grupos de amigos promovem campanhas para distribuir presentes. Somos todos Papais Noéis nessa época. Então, que sejamos seres humanos sensíveis também durante todo o ano.
Falando nisso...
Ainda não enviei a minha cartinha para o Papai Noel. A lista é imensa, começa com saúde, paz, energia, evolução espiritual etc. Não poderia faltar o vil metal. E, um tanto constrangido, atendo aos apelos dos meus mais íntimos desejos, apesar das dúvidas em alguns detalhes: altura, cor dos cabelos etc. Mas o bom velhinho saberá interpretar. E espero que atenda a minha solicitação. (PS: não é necessária aquela fita com laço no pacote.) Afinal, se Papai Noel existe eu também existo. E não desisto!
Final de ano
Mais 25 dias e 2023 entregará a chave do ano para 2024. Nessa corrida de revezamento da vida, o final de ano é sempre um período importante. Nosso pensamento fica no balanço do ano que termina, mas espiando à frente e respirando esperança em relação ao novo ano. De acordo com o Pai Magno, 2024 terá a regência do Bará. É o Orixá que representa a chave e os caminhos. Literalmente, uma entrega da chave na virada. É claro que as interpretações são bem mais amplas, assim como as previsões de Carlos Magno na leitura dos búzios. Aguardem!
Tudo igual
Aquela mesma caminhonete persiste em estacionar praticamente no mesmo local. O motorista é o mesmo jovem. O escudo é o mesmo cartão do idoso. De quarta para quinta-feira, a dita caminhonete permaneceu mais de 30 horas ocupando duas vagas da área azul. Enfim, o abuso é o mesmo. Só a punição não é a mesma aplicada aos outros.
Centenário
Faltam 561 dias.
Trilha sonora
Hoje não poderia faltar a sonoridade de um piano.
Ronnie Aldrich - The Old Fashioned Way