OPINIÃO

Conjuntura Internacional

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Um dos anos mais turbulentos em termos de geopolítica, até o momento, termina. Torna-se necessário fazermos uma retrospectiva, ainda mais nesta época do ano em que deve preponderar a reflexão íntima, no mínimo, para evitarmos que os erros de hoje se repitam no ano que inicia, ou seja, que a paz possa prevalecer – mesmo que tenhamos forte pessimismo. A guerra que bate à porta da Europa continua, em que pese os acenos “de paz” da propaganda soviética de Putin (ele está sem munição – por isso fala de paz). Também surgiu mais um capítulo na história, em que Israel vive sob contínuo estado de sobrevivência, defendendo-se das ameaças mais bárbaras possíveis. Um cenário terrível, que não se via desde o Holocausto. A barbárie tenta vencer a civilização.

 

EUA 

Os EUA, sob a liderança de Joe Biden, perderam a sua proeminência de outrora. Biden não conseguiu refrear os apetites mais sombrios de Putin. A retirada desastrosa no Oriente Médio abriu espaço para o radicalismo. O Irã prepara a sua bomba nuclear. O terrorismo ressurge. As autocracias estabelecem o caos, em uma guerra de procuração na região. O objetivo: desestabilizar o Ocidente e a ideia de democracia. O caminho está aberto para Trump.

 

Europa 

A Europa paga o preço por ter acreditado em Putin, sem quaisquer ressalvas. Ao mesmo tempo em que fazem a pregação de um mundo melhor e mais sustentável, voltam para a matriz energética do carvão, em parte. A última COP serviu apenas para algumas autocracias fazerem lobby pelo petróleo. A “preocupação” com metas no clima é apenas uma narrativa momentânea. A realpolitik sempre impera. A Europa tenta integrar a Ucrânia no bloco. A OTAN, por seu turno, foi fortificada, desde as presepadas estratégicas do deprimente Putin, que mira permanecer no governo, Ad infinitum.

 

Ásia 

A China desacelerou, mas é o maior credor no mundo. O projeto de comprar o terceiro mundo, prossegue. A anexação de Taiwan se fortalece, uma vez que a anarquia se tornou a essência da política internacional de hoje. O ditador norte-coreano também aproveita, segue com os seus testes balísticos, que seguidamente atingem o mar territorial japonês.

 

Israel 

Israel obteve êxito significativo. Aos poucos, tira o Hamas de cena e destrói os túneis onde a barbárie circulava. Enquanto essa coluna é fechada (20/12), Israel propunha mais um período de cessar-fogo, em troca de mais reféns. O futuro ainda é incerto. A guerra irregular é um desafio. Muitos ainda não percebem que a guerra contra o Hamas e os seus apoiadores é uma guerra de todos nós: da civilização contra o fanatismo.

 

América Latina 

Na América Latina, Maduro quer bancar de Galtieri. Faz uma cena para forçar uma mediação em que possa ter algum benefício. Uma ditadura sem narrativa é um risco. Na Argentina, surge uma esperança. Os peronistas quebraram a economia. Milei tem um grande desafio. Em meio às esquerdas latino-americanas, resta algum oxigênio. Paraguai e Uruguai ainda respiram. 2023 ficará marcado na história: da guerra da civilização contra a barbárie e da emergência do eixo de poder autocrático.

 

Agradecimento 

Ao desejar a todos os nossos leitores, um abençoado Natal, queremos agradecer a leitura fiel. Seguiremos firmes com a coluna, consolidada como a única do Rio Grande do Sul que possui análises prospectivas. 

 

 

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