OPINIÃO

Academia de Letras, luzes acesas!

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A comunidade regional há algum tempo desfruta do manancial artístico e literário fortemente representado pela nossa Academia Passo-fundense de Letras. Decênios de sua história marcam vivência pródiga em documentários, obras e inserções produzidas ao longo dos anos, na inexaurível fertilidade do conhecimento literário. Água da Fonte, como se diz, é jorro borbulhante que de sua agitação inteligente faz cintilar luzes na experiência das letras. E são cabeças privilegiadas dos que ocupam as cadeiras da academia, voluntariosas no apreço pelas memórias da vida que sustentam com galhardia a cultura e arte.

 

Gilberto Cunha

Entre tantos talentos que oferecem seu saber pela via literária, peço permissão para mirar na exuberante sequência de publicações do engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Gilberto Cunha. Seu vasto cabedal de conhecimento chega ao acesso da comunidade em obras que enriquecem a literatura. Desperta atenção pela coragem e persistência em comunicar a todos os leitores, peculiaridades científicas que exigem pendores especiais no uso do vernáculo. Suas produções, desde o final dos anos noventa, quando parecia difícil e pouco palatável expor sobre meteorologia, subsidiou e estimulou a necessidade sobre o conhecimento desta influência das oscilações do tempo. Suas observações científicas tornaram-no expressão universal na missão de curadoria com base na ciência. O brilho de suas obras tornou transparentes as questões, via de regra, reservadas restritamente aos detentores da informação científica. Sem afrouxar atenção ao teor metodológico e objetividade científica, produziu a criação destes saberes, através da arte literária. Textos entregues com a seriedade pertinente à disciplina da matéria, todavia todos acessíveis e agradáveis aos leigos.

Novas luzes

Feitas as considerações sobre esse fenômeno criativo literário, chegamos à sua publicação “Ah! Essa estranha instituição chamada Ciência”. Na ideia de cooperar com a curadoria do conhecimento Cunha se estabelece com fortes indagações sobre as repercussões fáticas de muitos fenômenos na natureza, com clareza de argumentos. Quando alguém se dispõe a dividir seu potencial de conhecimento, torna-se referência. É quando o autor persuade o leitor e o insere na condição de coautoria. Terêncio já dizia “ Nunquam accedo ad te, quin abeam doctior”, (nunca tenho me aproximado de você, sem que me retirasse mais sábio). Então, pessoas assim acreditadas, com alta capacidade de comunicação, são cooperadoras nas respostas a indagações. Já comentado aqui sobre os embaraços do negacionismo no episódio da covid. Quanta dor poderia ser evitada não houvesse a semeadura da ignorância sobre a vacina. Ao compartilhar conhecimento sobre a responsabilidade da nossa civilização, é incisivo ao mencionar o rombo na perspectiva de vida, quando estamos lançando na atmosfera anualmente mais de 51 bilhões de cases do efeito estufa. O apelo mostrado com números e letras é atualíssimo e pede urgente resposta da humanidade. Este livro merece urgente difusão.

 

Dengue

O clima é de apreensão de parte das autoridades de saúde, com o crescimento da incidência do dengue. São Paulo, Minas e toda a Amazônia em alerta. A forma depropagação  do mosquito tem encontrado perigosos fatores nesta sequência de chuvaradas que invadem cidade e zona rural. Ainda que se deva evitar o pânico, as medidas de prevenção e cura são aceleradas. Os locais de atendimento de saúde, aqui mesmo em Passo Fundo, registram muitos casos. Dizem observadores da saúde que o espectro da covid fragilizou as imunidades naturais. Mas os cuidados com águas depositadas nos pátios e vasos ou recipientes descuidados pedem imediatas providências. Indispensável os cuidados nas moradias.

Lixo

Continua pouco cuidado o recolhimento do lixo na cidade. Parece que o problema maior é o material que se espalha nas calçadas, mal acondicionado nas residências. Tudo isso é prejudicial, e agrava contaminação.

 

Pedestre

Algumas vias, defronte colégios, estão sem faixa de segurança nos cruzamentos. Esse serviço público não pode tardar tanto. O pedestre vive a maratona cruel para cruzar ruas.

           

 

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