OPINIÃO

Conjuntura Internacional

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A política externa brasileira trilha o caminho de um deprimente alinhamento e uma subserviência às ditaduras mundiais e, como já reiteramos aqui, o eixo autocrático que contesta o regime ocidental, querendo perverter conceitos e construir narrativas que sejam do seu interesse. A manifestação de Lula, sobre a guerra em curso em Gaza e a sua comparação absolutamente infeliz acerca do Holocausto, foi deliberada. Grande parte da mídia internacional e da esquerda buscam inverter a narrativa, colocando a pecha de genocida à Israel, poupando assim os terroristas do Hamas. Aliás, é preciso dizer que parte da mídia inclusive utiliza as informações de propaganda do Hamas, como “fonte jornalística”.

 

A Convenção do Genocídio

Antes mesmo da manifestação infeliz e intencional de Lula, lembremos que a África do Sul entrou com uma petição junto à Corte Internacional de Justiça, evocando que Israel estaria cometendo genocídio em Gaza, fazendo uso (sem qualquer fundamento jurídico) da Convenção para a Prevenção e a Repressão do Crime de Genocídio, de 1948, onde “entende-se por genocídio qualquer dos seguintes atos, cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso, tal como: assassinato de membros do grupo, dano grave à integridade física ou mental de membros do grupo etc.".

 

A inversão da narrativa

As ações dos terroristas do Hamas não deixam qualquer dúvida sobre a sua essência genocida. Utilizam os próprios palestinos, entre eles crianças e mulheres, como escudo de guerra, demonstrando o seu barbarismo. Fazem uso de instalações civis, com milhares de inocentes palestinos, para atacar Israel. Mesmo assim, grande parte da esquerda mundial, da mídia e, principalmente, o eixo autocrático alicerçado no BRICS (que agora conta com a presença do Irã), buscam inverter a narrativa, querendo de forma completamente distorcida vincular Israel com um suposto genocídio em Gaza.

 

Política Externa 

Lula, como um peão do tabuleiro geopolítico das autocracias, busca a inversão da narrativa. Assim, a sua manifestação não foi fortuita, mas à serviço dos interesses daqueles que querem destruir a imagem do Ocidente, onde Israel possui um significado central. Assim, Lula e o seu assessor Celso Amorim colocam a política externa do país em uma grande humilhação, alinhando-se com ditaduras, seja recebendo de braços abertos o chanceler russo, inclinando-se a Maduro, calando-se sobre Ortega, dando guarida para embarcações iranianas, visitando Putin, entre outras ocasiões. Na cabeça da intelligentsia, estão inserindo o Brasil no contexto do “Sul Global”, uma expressão mais soft para designar o alinhamento subserviente com ditaduras que querem, por primeiro, destruir a imagem do Ocidente e, por segundo, substituir o dólar por outra moeda, destituindo os EUA como potência dominante.

 

Cenários 

A política externa ruma ao isolamento e desprestígio mundial, na medida em que flerta com os interesses autocráticos, acreditando que o Brasil tornar-se-ia uma liderança nesse no “eixo”. Isso tudo se torna mais deprimente, se lembrarmos da diplomacia de prestígio que já tivemos, com nomes como Barão do Rio Branco e até mesmo Osvaldo Aranha. As grandes potências não levam Lula a sério, ainda mais por ter tido a ideia de mediar o conflito entre Israel e Hamas, como se tivesse moral para o fazê-lo.


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