Chatos e mentirosos
Chato é, literalmente, uma chatice. O chato é suscetível à absorção de absurdos, mas fica ainda mais chato se alguém discordar da sua chatice. Que coisa mais chata, né? A Terra está repleta de gente azucrinante e, portanto, chata. Assim como o Pthirus púbis, quando não parasitas estão pentelhando por aí. Caem do cavalo e pensam que ainda estão galopando. Ou, bem pior, fazem barulho por aí sem nada lógico que o justifique. Importunam os outros para tentar impor coisas malucas, aquelas histórias sem pé nem cabeça.
Chato é tão chato que acredita em chatices. E a chatice não mede seus passos, pois têm chatos de galocha, chinelo, sapatilha ou coturno. Existe até chato mais chato do que vendedor de telemarketing bancário. Na linguagem popular o chato é mais conhecido como xarope. Ou Epicopam, expressão inserida ao vocabulário passo-fundense nos anos 1970 por Flávio Caetano. Então, xarope não é privilégio de agora! Além do chato que provoca coceiras, encontramos chato mordedor, golpista, aproveitador ou com outros maravilhosos predicados.
Bem pior do que um chato solitário é um bando de chatos, propiciando uma intragável chatice coletiva. Aí, pelo agrupamento, surgem até chatos com carrapato. Os chatos são de difícil trato, pois quando chateados ficam insuportáveis. Existem chatos que não conseguem se achar. Bem piores, são os chatos que se acham pois, além de chatos, tornam-se pegajosos. O perigo é que de tanto mentir, os chatos acreditam nas mentiras. E mentem sem parar. Bom, por hoje chega de chateação. Isso é muita chatice e, ao que parece, também já estou ficando um chato.
Almofadinha
O tempo passa e as velhas tiradas do Brizola continuam atuais. O ex-governador foi implacável ao rotular adversários. Não poupava nem mesmo os ex-companheiros que o abandonaram. É claro que também deixou frases de grande importância. Uma delas: “A educação não é cara, cara é a ignorância”. Brizola falou em engolir um “sapo barbudo” ou a aparição na TV do “bugio branco”, além de ironizar outros políticos. Certamente, uma das expressões mais marcantes foi “filhotes da ditadura” que, assim como outras, nunca saiu de moda. Dia desses, lembrei-me de uma outra expressão que o Engenheiro usava e abusava: “almofadinha”. Ainda vigora, especialmente para a nova trairagem.
Mr. Bean II
Depois do grande sucesso circulando com um pequeno Mini pelas ruas de Passo Fundo, Roberson “Bolinha” Azambuja tem mais uma novidade. Agora é um MG 1953, modelo que certamente inspirou na concepção do MP Lafer brasileiro. Assim, nosso Mr. Bean conta com duas opções muito interessantes: o Mini e o MG. Ambos, of course, ingleses legítimos. Para não perder a fleuma, é claro!
Carro preto
Não adianta estacionamento rotativo se alguns insistem em abusar e desrespeitar a rotatividade. É o caso de um carro, utilizado por um comerciário, que, invariavelmente, permanece do início ao final do expediente numa mesma vaga na Avenida Brasil. Qual seria o modus operandi para driblar a fiscalização? Nunca é demais lembrar que o sistema da Área Azul foi implantado atendendo uma demanda do comércio lojista. Ora, então está na hora de os comerciantes e os comerciários colaborarem.
Estouros
Agourentos, abutres ou mesmo hienas de plantão, mantenham a calma. Respirem fundo. Deem um tempo ao tempo. Pavios necessitam de um tempinho para queimar. Mas queimam! Dentre os estouros de maior evidência, um depende apenas de um bote final. O outro está em necessário e providencial intervalo de cena. Mas, nesses dois casos, ainda não desistiram e as explosões serão relevantes.
Centenário
Após consultas ao calendário juliano e confrontação de dados com o calendário gregoriano, constato que faltam 469 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
A dica veio do amigo Neco Flores, das antigas lá de Erechim. Ana Carolina – Força Estranha