OPINIÃO

Crime de estado, nunca mais

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O Ministro Ricardo Lewandowski, da Justiça e Segurança Pública anunciou oficialmente esclarecimento sobre a morte da ex-vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes. O assassinato a tiros ocorreu em emboscada, em plano executado por perigoso comando miliciano. Ronnie Lessa ex-policial militar fez os disparos que levaram à morte a líder política e socióloga do Rio de Janeiro, em 14 de março de 2019. Ao anunciar elucidação sobre mandantes do bárbaro crime indigitou os irmãos Chiquinho Brazão, deputado federal e Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro. Ambos foram presos com o terceiro mandante, ex-chefe de Polícia carioca – Rivaldo Barbosa. Outros tantos membros da milícia foram presos, por envolvimento direto na trama assassina, entre comparsas do crime. Foram seis anos de investigação tumultuada pelo próprio comando policial, especialmente Rivaldo Barbosa que desviou o direcionamento da investigação. Houve permanente inversão de rumos durante o período do governo anterior, com manutenção de comandos de investigação que desviaram atenção aos verdadeiros fatos. Obviamente outras influências políticas atuavam no sentido de manter encoberta qualquer versão que incriminasse os mandantes ora presos pela Polícia Federal. Por ordem do ministro do Supremo, Alexandre de Moraes, os mandados de prisão foram cumpridos durante o domingo, dia 24. O ministro Lewandowski revelou no domingo à tarde que Alexandre de Moraes havia retirado o sigilo de sua decisão judicial, uma vez que as prisões dos acusados foram executadas. O ministro da Justiça mencionou que a investigação sobre os mandantes do assassinato de Marielle foi exitosa. Considerou os indicativos de que se trata de crime de estado praticado com uso da estrutura pública, cumprindo promessa do governo Lula em desvendar autoria dos mandantes. Menciona a deliberação firme de combate ao crime organizado que é enfrentado com vontade política e eficiência dos órgãos de segurança.

 

Memória de Marielle

Em todos os momentos que se seguiram a morte da vereadora e seu motorista, ficou bem claro o valor ético e sua luta em defesa de segmentos comunitários. A oposição de interesses dos meliantes levou à perseguição da líder política e comunitária. A reverência ao trabalho e fidelidade de Marielle aos segmentos mais desprotegidos da comunidade provocou a ação covarde de poderosos, inimigos. Por isso mataram a heroína popular, pessoa honesta e generosa. Nos movimentos de reconhecimento à memória de sua obra e militância, a ocorrência de verdadeira perversidade de opositores partidários teleguiados fanáticos que depredaram obras que mencionam a luta heroica da ex-vereadora. Frases desairosas ditas por pessoas tidas como honestas. A mediocridade de segmentos racistas insistiu em diminuir a imagem de Marielle. Com isso aliavam-se ao crime. A covardia grassava solta em tempos de consternação pela morte de uma liderança comprometida com o amor comunitário. Sua voz solidária aos oprimidos vai ecoar pra sempre cultuando esperanças.

 

Dever cumprido

Mesmo diante das graves omissões de autoridades policiais que queriam encerrar criminosamente a investigação, venceu a responsabilidade social e cívica dos homens públicos, convocados por Lula, para devolver a dignidade ao estado democrático, elucidando a monstruosidade dos mandantes de tanta violência.


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