OPINIÃO

Teclando - 24/04/2024

Bipartidarismo

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Bipartidarismo

Vivemos um período de intolerância ideológica. O bom diálogo é dificultado pela truculência impositiva. Certamente, os extremismos nos colocaram num tabuleiro onde as peças têm movimentação restrita. As ideias escasseiam, na mesma proporção em que a verdade evapora. Isso cria um clima hostil para avançar no jogo político, pois o pensamento está sufocado. Ora, o quadro já ficou muito bem delineado e despontou uma bem definida bipolarização. O cenário atual é praticamente um bipartidarismo.

Para aqueles que não conheceram o Brasil à época de Arena e MDB, depois do golpe de 1964 tivemos bipartidarismo a partir de 1966. Eram apenas dois partidos, um para dar sustentação ao governo e outro de amena e domesticada oposição. Os opositores cresceram e, em 1979, a opção governista foi dissolver os partidos para enfraquecer os adversários. Agora não é muito diferente. Há duas correntes, cada qual com seus extremistas, centristas e moderados. Usam legendas diferentes, mas, pela necessária sinergia estão praticamente sob o mesmo teto.

Observo que já se abre o velho guarda-chuva que abrigava os opositores dos tempos do bipartidarismo. As ideias divergentes quando têm inimigo comum se agregam. Não é diferente no outro lado, hoje oposição, onde o voto útil sempre falou mais alto. Condutas pessoais e tendências sociais também fortalecem um muro que separa as duas correntes. Assim, está mais do que desenhado um novo momento na sociopolítica brasileira. Vivemos o sim e o não. A favor ou contra. E nesse tranco a tendência é solidificar essas condutas de parte a parte. Isso é ou não é o próprio bipartidarismo?

Bolinha

Roberson “Bolinha” Azambuja reúne automóveis, música e cinema. Recapitulando, circula com um Mini e é associado ao Mr. Bean. Roda com um MG 1953, que lembra David Niven em Cassino Royale. Tem, ainda, um conversível que leva o nome de Marlene Dietrich, usado por Tony Curtis e Roger Moore na série The Persuaders. E não para nisso. O filme do Bolinha é um longa-metragem. Em 1992, importou um Mercedes 190 ano 1989. E, adivinhem só, de quem ele comprou o carro? Tom Cruise! Sim, do próprio. Mas, para não ser confundido com o norte-americano, já passou para frente. E sabem qual é a grande paixão do Bolinha? Ele gosta mesmo de um Simca Rallye, da linha utilizada nos filmes de Roberto Carlos. Do Simca para as baquetas da WD40, inspirado pelo Rei, ele não para de dizer “é uma brasa, mora”.

Seletivo?

Observei, há algumas semanas, um mesmo caminhão recolhendo o lixo reciclável e também o orgânico. Posso não ter visto muito bem, mas, ao que parece, vai tudo junto. A verdade é que muita gente não separa o lixo como deveria. Encontro isopor no contêiner de orgânico e bagaço de cana-de-açúcar no recipiente para recicláveis. Mas conheço muitas pessoas que separam cuidadosamente o lixo. Estou entre elas e tenho muito cuidado para não misturar. Então, o recolhimento também deve ser feito de forma seletiva. Ora, em matéria de trato com o lixo, ainda temos muito o que aprender para que, como um todo, sejamos bem mais seletivos. Até porque hoje contamos com uma excelente estrutura, contêiners novos e bem distribuídos. Então, que cada um faça a sua parte.

Estacionamento

Abusados é o que não falta nas vagas da Área Azul, no centro de Passo Fundo. Tem um que deixa um carro preto durante todo o expediente numa mesma vaga. Até pode pagar, mas não está cumprindo o objetivo do sistema: a rotatividade. Há, ainda, outros carros carimbados que usam e abusam do estacionamento sem pagar. Ao que parece, tem gente que se sente no direito de não ser tarifada. O interessante é que esses veículos já são bem conhecidos, pois são sempre os mesmos e nos mesmos locais. Fico intrigado para saber como conseguem ludibriar os monitores da Área Azul?

Pastelaria

Continua o fedor da pastelaria, aqui no térreo do prédio, na mais explícita poluição atmosférica.

Centenário

Não somos o Bamerindus, mas o tempo passa e o tempo voa. Faltam 420 dias para o Centenário de O Nacional.

Trilha sonora

No estilo do amigo Bolinha, carros, filmes e músicas.

Roberto Carlos – Por Isso Corro Demais

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