OPINIÃO

Santa Cecília do Sul

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No último sábado tivemos a empolgante oportunidade de participar da solenidade de lançamento do livro “Resgatar Memórias e eternizar histórias de Santa Cecília do Sul”. No salão comunitário do município a presença de representantes de todos os setores comunitários, além do prefeito João Sirineu Pelissaro e o vice-prefeito Leonardo Panisson. O líder político Gilmar Sossela representou o governo estadual. A obra literária apresentada ao público significa o reconhecimento às gerações que construíram uma comunidade audaciosa e forte que merece ser lembrada nos passos de uma rica trajetória. As alusões desta construção histórica apresentam narrativas e registros conectados fielmente ao valor de sua gente. Os recursos naturais de uma terra dadivosa pelo seu solo, águas e matas, solidificaram espaço territorial de valiosa significação telúrica e identidade cultuada por sua gente virtuosa. Trata-se de obra literária nutrida pela vocação de fertilidade nos momentos de desafios e conquistas peculiares do município.

O próprio rumo

Centenas de pessoas vindas da cidade e propriedades mais distantes, da vida rural, notoriamente mais idosos, acompanhados dos filhos ou netos, cruzavam pelo túnel de memórias fotográficas, lendo lembranças de eras passadas, até o terminal das imagens diligentemente apresentado. Ali se formava a ideia de cooperação e crença nas pessoas e seus valores. Homens e mulheres, semblantes de memória gigante, vindos confiantes de uma jornada transformadora, sem esquecer dos que lutaram pela prosperidade social. Esse povo de Santa Cecília cultuou seu jeito próprio, guiou sua inteligência com devoção religiosa, anseios de liberdade, busca do respeito às diferenças sociais, mesmo numa época belicosa em de disputas políticas e de espaços aos menos favorecidos.

A juventude

A evolução econômica da comunidade está bem fundada. Lavouras e campos de produção, são riquezas que brotam regadas pelas mãos dos filhos da nova terra. Isso se percebe no contato com jovens, tocados pela cultura de valores legados. Há em cada semblante de jovens e adultos, a luz sóbria de quem acredita numa comunidade feliz. O resgate de memórias é consolidação da ideia de crença e razão cultural; é fonte de ânimo para as novas gerações.

 Obra primorosa

Ao par do avanço econômico do município, o trabalho de reconhecimento existencial de sua gente, certamente atende apelo ardente do conhecimento humanitário, há respeitável opção de política cultural e educacional. Esta é marca que move fundamentos de eficiência. A obra lançada oficialmente em livro mostra equipe de pensadores, lideranças imprescindíveis no espectro da confiança coletiva. Para vislumbrar novos horizontes, a comunidade precisa saber quem é! São muitas pessoas que se dedicaram ao documentário, a exemplo dos organizadores: Adelides Teresinha Lara Piffer, Rubia Caumo Crespi, e Suelen Defaveri. Os colaboradores citados: Ana Carolina Piffer, Eliane Maria Semioni Comparin, Elias Nunes, Fernanda Caumo Telles, Gabrielli Panisson, Juliana Dahn, Marcieli Perera Marcon, Nilton Mazaro, Valéria Marcílio, e Verônica Heloisa Panisson. Muitos outros nomes são de pessoas que se envolveram com o projeto de memória. O livro é de agradável leitura e ótimo nível linguístico. 

 Terra tem alma

Ao ingressar no recinto onde se deu a solenidade de lançamento do livro, com meu irmão Valter, ambos ficamos pasmos em ver fotos de amigos da infância, no túnel das memórias. E essa história de pessoas, infância feliz, mexe com a gente. E foi assim quando vi a foto da Injara, ou do Miguel Picareta. E veio a lágrima de emoção. Ainda corre veloz o rio Santo Antônio. É lembrança feliz, dos meus cinco anos, e que andava de pé no chão. E no Picadão o imaginário confere o ronco dos bugios no entardecer. Dava medo na gurizada. Parabéns Santa Cecília do Sul, jovem município que resgata suas memórias e pode ver com sinceridade e confiança, o merecido sucesso!     

 

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