Feriados
Há feriados e feriados. Celebramos datas religiosas, comemoramos momentos históricos e enaltecemos dias alusivos. Enfim, feriados religiosos, universais, nacionais, estaduais e municipais. Por enquanto, pelos menos por essas bandas, ainda não registramos feriados dedicados aos bairros. Esse ano, são 10 os principais feriados no Brasil. Mas, como por aqui além dos titulares ainda temos um banco de reservas, acrescente três pontos facultativos na listinha.
Um desses é o Carnaval, uma polêmica pois todos pensam que é feriado. Mas, como Carnaval é carnaval, tudo vira em samba. Então entra o jeitinho brasileiro que vai emendando tudo com Superbonder e pode resultar em cinco dias de feriadão. Mesmo sem carnaval nas avenidas, para tudo. Outra polêmica ocorre nos municípios. A data municipal é uma incógnita, pois cabe aos respectivos legislativos determinar se o feriado é no dia do aniversário ou na data do padroeiro.
E tem mais polêmicas em relação aos feriados. Uma delas está relacionada ao que abre e ao que fecha. Há, é óbvio, a obrigatória necessidade de respeitar os direitos dos trabalhadores. Mas paralisar a vida de todo mundo não é nenhuma obrigatoriedade. É inegável que os feriados propiciam um aprazível e sempre bem-vindo dia para dedicar ao ócio. E o descanso faz bem à alma. Feriados que emendam no final de semana transforma-se em feriadões e, consequentemente, são convidativos para viagens curtas.
Já os feriados no meio da semana atrapalham bastante. Fico um tanto desprogramado com um dia a menos e a interrupção da rotina. Hoje, 1º de Maio, é uma data histórica, o Dia do Trabalhador. Simplificando, celebra uma luta pelo respeito à dignidade do ser humano. Uma data comemorada em mais de 80 países. E, dentro desta universalidade, vai muito além de um simples feriado. Exige uma ampla reflexão.
Falando em datas
Já que estamos com o calendário (da Caixa!) na mão, o último dia de abril lembra duas datas importantes. Em 30 de abril de 1918, Erechim (minha terra natal) foi emancipada. Era, então, o 8º Distrito de Passo Fundo (minha terra adotiva). A outra é alusiva aos bons tempos em que o rádio usava gravata e não perdia a sobriedade. Em 30 de abril de 1957 foi inaugurada a Rádio Guaíba, uma proposta de vanguarda da Empresa Jornalística Caldas Júnior. E foi ouvindo a Guaíba em ondas médias e curtas que, lá em Erechim, comecei num microfone Philips e numa máquina de escrever Remington Rand. Oficialmente, há 48 anos. Porém, nove anos antes, já apresentava um programa infantil. Por favor, não façam cálculos.
Carrion
Domingo, na praça de alimentação do Bourbon Shopping, tive o privilégio de encontrar Gilda e Fernando Machado Carrion. Foi um longo papo, pois o ex-prefeito de Passo Fundo tem sempre uma ampla pauta em sua privilegiada memória. Com a autenticidade que conhecemos muito bem, recordou de momentos na vida pública. Carrion, logo após a eleição de 1982, olhou para a cidade desde a Petrópolis e compreendeu a imensidão da sua responsabilidade. Da administração municipal para o mandato de deputado, a conversa fluiu com sua já conhecida velocidade nas palavras. Lindas histórias sem perder seu ímpeto visionário, agora com foco no Porto Meridional em Arroio do Sal. Não importa de onde, são leitores fieis de O Nacional. Então, meu abraço à Gilda e ao Fernando.
Varig
A Azul vai comprar a Gol. É o que está previsto para as próximas horas. Até aí nada de novo, pois já tivemos Savag para a Cruzeiro, Real e Cruzeiro para Varig etc. A compra da Gol pela Azul é dada como certa. Um detalhe muito interessante é que a Gol é a detentora da marca Varig. Assim, incorporando a Gol, a Azul também estará comprando o nome Varig. Seria um caminho para “ressurreição” da Varig? As cores são as mesmas!
Enigma
Antigamente, sabia que os jornais eram produtos perecíveis. Assim como o pão, o jornal de hoje ficava ‘velho’ amanhã. Agora, pelo que dizem por aí, haveria uma contundente mudança comportamental. Contam que as pessoas guardam o jornal para ler cinco ou seis dias depois. Será?
Piada
Dizem que o mundo é uma piada. Discordo completamente. O mundo é apenas o cenário. A piada somos nós.
Centenário
Seguindo os ensinamentos dos babilônios (Mesopotâmia), que foram os primeiros a marcar a passagem do tempo, faltam 413 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
Um afago aos ouvidos, um colírio aos olhos.
Burçin - Manhã de Carnaval
