Avulso na data dos pares
Mais um dia dos namorados. Virou rotina e já perdi as contas de há quanto tempo estou avulso na data dedicada aos pares. O namoro faz bem à alma, gera tesões na mesma proporção em que alivia tensões. O almoço no Dia das Mães e o jantar no Dia dos Namorados estão no topo do faturamento dos restaurantes. Tem lógica, pois mamãe e namorada sempre foram as instituições mais respeitáveis (e temidas) da face da terra. Hoje vou para a cozinha, pois é muito constrangedor entrar solito num restaurante. Então, avaliei prós e contras.
O lado ruim é que o Dia dos Namorados afeta diretamente uma das sensibilidades que move o mundo: o bolso. O primeiro gesto de um cavalheiro é enviar um lindo buquê de flores, uma espécie de abre alas. Não pode faltar o presentinho, jamais muito singelo ou rotulado apenas como ‘lembrancinha’. Então, mais despesas com o jantar. Se a data é especial, o que estiver à mesa resultará no brilho que queremos ver nos olhos da amada. Obviamente, pratos salgados e vinhos elegantes!
Nos brindes, o tilintar das taças é trêmulo pelo nervosismo vindo da emoção ou pelo sufoco do cartão de crédito. Ao sair do restaurante, como se fosse numa troca de agências bancárias, vamos para uma estalagem erótica. Mais despesas com um aditivo propulsor do sistema hidráulico, champã, equipamento preventivo (ou consequências) etc. O decoro da boa educação ainda reserva para o dia seguinte mais flores ou chocolatinhos. Isso tudo é o lado ruim, do qual estou isento.
Já o lado bom de estar namorando no Dia dos Namorados é a outra sensibilidade que move o mundo. O lado bom é... Bah, nem me lembro mais. Não tenho vergonha em confessar que este ano sonhava em estar acompanhado. O problema é que para formar um par não depende apenas de uma cabeça. Na última tentativa, tiraram o sorvete da ponta da minha língua. Espero que essa coluna propicie uma virada de mesa nesse quadro para o próximo ano, pois a esperança também move corações. Então, a todos os namorados, o meu desejo de que aproveitem muito bem essa data. Apreciem sem moderação!
PAPI & Cia
No Aeroporto Lauro Kortz temos um doentinho crônico: o PAPI da cabeceira 09. É o primeiro no ranking de NOTAMs relacionados ao Aeroporto de Passo Fundo. Problemático desde o princípio, o sistema de lâmpadas figura sucessivamente na página de avisos aos aeronavegantes. Ficou fora de operação de 14 de julho a 12 de outubro do ano passado, depois de 16 de outubro até 12 janeiro deste ano. Em 16 de janeiro, retornou como inoperante até 05 de abril. No mesmo 05 de abril teve novo boletim onde consta como fora de operações até 02 de julho.
Para que o PAPI não fique abandonado nas páginas da ANAC, o farol de aeródromo é outro item com boa presença. Constava em uma nota como inoperante até a semana passada. Porém, no mesmo dia ganhou mais um atestado que vigora até 30 de agosto. E, como coisa pouca é bobagem, a partir de 1º de julho haverá um fechamento escalonado da pista para obras, certamente de restauração. Por 16 dias, das 17 à meia-noite, serão realizados os reparos. Não sei exatamente do que se trata. Mas, estranho o surgimento de problemas na pista. Até porque, depois de tanta badalação, inaugurações, discursos e inclusive estranhos superlativos, imaginei que estaria tudo nos 1.013,25 hPa. Isso, é claro, apostando no esmero da execução das obras.
Gigante
Ontem, foi lançado oficialmente o “Anuário – Passo Fundo Gigante do Norte”, edição 2023/2024. Trata-se de uma publicação do Grupo ON, consolidada pelo próprio gigantismo de Passo Fundo e respaldada por um jornal com um pé no Centenário. Gosto muito da expressão “Gigante do Norte”, pois permite uma visualização geográfica da grandeza da cidade, sua importância, história e relevância no Rio Grande do Sul. Isso não é apenas contar a história. É protagoniza-la.
Centenário
Na próxima quarta-feira, 19 de junho, o Jornal ingressa no ano 100. Então, com cálculos aritmético-logaritmos, entendo que falta um ano e sete dias, ou seja, 372 dias para o Centenário de O Nacional.
Trilha sonora
Para acompanhar a minha solidão neste Dia dos Namorados, nada mais adequado do que The Lovin' Spoonful – Lonely