OPINIÃO

Conjuntura Internacional

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Enquanto essa coluna era fechada, estava por transcorrer o importante debate entre político entre Trump e Biden, momento em que as distintas visões dos candidatos poderão ser contrastadas, tomando relevo a política externa. Diversas pesquisas demonstram que os americanos ainda possuem grande interesse nos temas que envolvem a política externa. Para Trump, o momento é oportuno, uma vez que a política externa de Biden é um grande desastre, desde a retirada frustrada do Afeganistão. Perante as relações internacionais, Biden se demonstrou um líder fraco, incapaz de impor agendas, algo que os EUA sempre fizeram. Isso, de certa forma, abriu espaço para que Putin avançasse em sua guerra completamente irregular contra a Ucrânia, resgatando os princípios do direito internacional. Como dizia o ditado, líderes fracos geram tempos difíceis. Os EUA precisarão retomar a sua liderança na política internacional, lidando de forma mais efetiva com as problemáticas da realpolitik. Na conjuntura atual, os temas mais prementes para os EUA são: Rússia X Ucrânia, China, Oriente Médio e também a ameaça que vem da Coreia do Norte.


Rússia X Ucrânia

Em relação à Rússia, Biden focou no plano das sanções econômicas, apoiando fortemente a Ucrânia com pacotes bilionários, mesmo com a pressão doméstica dos parlamentares. Trump, por seu turno, tem feito pesadas críticas contra os membros da OTAN, que não estariam dando apoio financeiro similar aos EUA. Trump certamente provocaria uma mudança no status quo da OTAN e, de alguma forma, tentaria refrear a guerra de atrito que se arrasta.


China

Quando Biden assumiu o governo, iniciou uma verdadeira campanha contra a China, de forma muito mais agressiva do que a política externa de Trump. Biden trouxe as suas críticas contra as autocracias ao mesmo tempo em que não conseguiu controlá-las. A política externa de Trump orientou-se na defesa dos interesses nacionais e na competitividade internacional dos EUA, selando uma guerra comercial com a China, e não política-ideológica, como fez Biden.  


Oriente Médio

No contexto da guerra entre os terroristas e Israel, Biden defendeu o direito de Israel em se defender, mas fez críticas às operações em Gaza, afastando-se da grande parceria existente entre os EUA e Israel. Trump, por seu turno, afirmou que Israel deve acabar logo com a guerra, em operações mais céleres. Contra o Irã, Biden agiu de forma dúbia, sem reconhecer que os aiatolás é que iniciaram essa guerra contra Israel. Trump fora muito mais assertivo, ao se retirar do acordo nuclear com o Irã e comandar a operação que eliminou um dos maiores líderes da Guarda Revolucionária iraniana. 


Coreia do Norte

Neste ponto, é preciso lembrar que Trump foi um dos únicos líderes na história americana a selar algum tipo de paz, quando esteve reunido com o ditador norte-coreano. Biden demonstrou-se relativamente aberto aos diálogos, mas faltou real envergadura nas ações, principalmente aquelas em parceria com a Coreia do Sul, no sentido de contenção das aventuras norte-coreanas. A Coreia do Norte vem conduzindo uma série de testes militares que, muitas vezes, recaem inclusive contra o Japão. A parceria firmada com a Rússia deve ser mantida no radar, a fim de que a problemática não se amplie.

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