OPINIÃO

Gilberto Cunha, ciência em letras

Por
· 3 min de leitura
Você prefere ouvir essa matéria?
A- A+

Reconhecido como autor de obras científicas, o escritor Gilberto Cunha, engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa, é grata revelação literária da Academia Passo-fundense de Letras. A série de publicações, desde 1997, com o livro Meteorologia: Fatos & Mitos, abrem um leque de informações sobre questões de desenvolvimento no empreendedorismo do campo, essenciais para a economia, produção, e imediatos efeitos sociais. A primeira obra que citamos explica o conhecimento científico sobre as oscilações do tempo, a influência na vida das pessoas, indistintamente, e repercussão na atividade rural, mas também no aspecto habitacional e costumes. Este trabalho já se apresentava claramente como alerta sobre efeitos das condições do tempo, na curadoria pela arte da comunicação literária no seu teor científico. Nossa leitura cingiu-se, logicamente, à condição de leigo, sem assimilação dos resultados da pesquisa científica, mas inegavelmente instigados pelas advertências. Obra assim, a todo esmero, desperta atenção do leitor, graças ao valor que reveste a própria ciência. Hoje, para leigos na matéria, além de compreendermos o alcance e amplitude da previsão sobre as condições do tempo, chuva, calor, ventos e sol, impõe-se postura da sociedade e de estado, para o socorro e prevenção. Enfim, o desastre escancarado das cheias no estado é enorme ferida ainda aberta. As obras subsequentes e artigos no jornal mostram que seus tratados, não só merecem, mas emergem como consulta obrigatória para pessoas comuns e lideranças. Todas as publicações, tal qual a recente obra “Ah! Essa Estranha Instituição Chamada Ciência” são leituras necessárias que atendem ao bom gosto no trato das letras.

 Airton Dipp

A disputa eleitoral para a prefeitura de Passo Fundo apresenta nome de peso. Airton Dipp, do PDT, é anunciado como pré-candidato ao cargo de prefeito. As primeiras alusões, iniciadas na mídia virtual, surtiram impacto. A vida pública do Dipp, é brilhante pela sua capacidade e coragem cívica espelhada na trajetória de realizações. O currículo do pedetista, três vezes prefeito, duas vezes deputado federal, secretário de Energia Minas e comunicações do estado e gestão em cargos federais ao longo dos anos, solidificaram sua estirpe de aptidão na liderança política. Por certo se trata de político fortalecido, digno da disputa no proscênio eleitoral de Passo Fundo.

 Marinha

Em meio a tantos momentos de angústia na reconstrução das cheias que invadiram nosso estado é esperançoso destacar ações de ajuda. Uma delas é tocante no resultado de socorro. O exército da Marinha, instalado com sua estrutura na Ilha da Pintada, restaurou a estrutura da escola infantil que fora devastada pelas águas. Em menos de trinta dias, os semblantes pesados e sulcados por lágrimas, foram vistos sorridentes, com recuperação do prédio, móveis novos e coloridos, prontos para receber crianças, pais professores e a comunidade. Sim, há muito a restaurar, e esse exemplo é sopro de esperança viva.

 Reforma

O Arraiá da Reforma Agrária, em João Pessoa é exemplo de Cooperação e fertilidade social. São pequenos produtores rurais, estimulados pelo MST, Pastoral da Terra, organizações de ajuda ao artesanato e poder público, que se organizam para promover seus produtos. Parece simples, mas é movimento de singular importância que provoca aprimoramento da rede de trabalho e produção sustentável.

 Armas

Vivemos uma crise de segurança pública, que exige várias formas de repressão. Um dos agravantes é o escandaloso derrame de licenças para armamentos que privilegiou, no governo passado, indivíduos que não poderiam ser agraciados. Foram cinco mil. Agora, a bancada da bala quer manter isenção de imposto para armas. A tributação é forma eficiente de combater privilégios indevidos a pessoas que não podem ter armas. Proteger pessoas violentas é muito feio.

 Milei

Javier Milei vem repetindo ataques ao presidente Lula. De fato, quer criar cortina de fumaça para esconder a crise de governabilidade da Argentina. É velha estupidez. Há muito os romanos definiam : “ est proprium stultitie, vicia eorum cernere, oblivisci suorum” (é próprio da estupidez, apontar problema alheio e esquecer e a própria miséria).

 

Gostou? Compartilhe