OPINIÃO

Bia, a admirável mulher negra

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São exuberantes e sobejas as exibições para o Brasil e o mundo do quanto são encantadoras, hábeis e inteligentes as mulheres do Brasil. E não por acaso a força da mulher negra. É preciso dizer isso, depois das apresentações que todos viram nas olimpíadas de Paris. Rebeca Andrade, que percorreu e foi laureada, ao lado da esplêndida Simone Biles, iluminou com serenidade e confiança o pódio brasileiro. A peculiar emoção, no entanto, surgiu na medalha de ouro conquistada pela maravilhosa Beatriz Sousa, nossa Bia, no judô. E ela derramou a doce emoção da conquista que empolga o país. E coube a ela mostrar a excelência de nosso povo, no brilho de muitos sofrimentos transfigurados. Lágrimas de alegria e desabafo, com olhos de esplendor representando milhões de mulheres negras, audaciosas e competentes. Certamente a vitória de Bia é para confirmar o brio de nossos irmãos afrodescendentes, às vezes injustamente discriminados pelo ridículo mental de pessoas de consciência feia ou mal-humorada. O mínimo da decência humana na convivência social indica que devemos admirar e respeitar a todos, sem o peso doentio do racismo. A propósito, José Hernandez, nosso poeta latino, observa o cuidado saudável aos hábitos da convivência: “Cuentan que de mi color/ Dios hizo el hombre primero/ mas los blancos altaneros/ los mesmos que lo convidan / hasta de nombrarlo olvidan/ y solo lo llaman, negro!” Então, precisamos dizer que nossa mais sublime medalha de ouro chama-se Beatriz Sousa. Este é seu nome, para nosso orgulho!

 

Rebeca

Emocionante a conquista do ouro na ginástica de solo. É a nossa maior atleta olímpica, com sua sexta medalha, Rebeca Andrade! Rebeca, este é seu nome. Tão nobre e lindo, espalhando alegria e autoestima para nossa gente brasileira.

 Retoques:

·       E dizer que ao saber da descoberta da América, o Papa da época, pelo ano de 1493, especialmente Alexandre VI, dava autorização à Espanha para explorar o novo mundo. A autorização compreendia a dominação dos povos originários. Ao mesmo tempo reconhecia a inferioridade dos africanos arrancados de suas comunidades pelos pelo reino de Portugal, que escravizava. Foi a célebre bula “Inter Caetera”. E autorizou escravidão dos serracenos. Somente mais tarde o Papa Paulo III, reconhecia a igualdade dos negros em plena escravidão. Considerou formalmente herética a ideia de que existiam seres humanos sobre a terra, sem alma. Diz-se que o Vaticano passava a reconhecer que os negros também tinham alma. Deveriam, portanto, serem vistos com igualdade.

·       No final de semana realizou-se o festival de coros de Ernestina. Todos os grupos que se apresentaram foram de alto nível. Parabéns ao município de Ernestina. A promoção cultural é sempre estímulo na vida.

·       A confirmação de Kamala Harris, concorrendo à presidência dos Estados Unidos sacode o mundo político. Mulher negra, com olhar atento para as diferenças.

·       Crise política na Venezuela desafia a democracia. Maduro pegou pesado ao escamotear votos da oposição. Ditadura não dá certo, nunca.

·       O governo Lula contemporiza diversidades fiscais. Para evitar a inflação ao fazer corte fiscal, diz que não reduzirá recursos na área social. E haverá novos cortes.

 ·       A observação do Banco Central de que empregabilidade e ganho salarial facilita o consumo é pertinente. O que se duvida, ainda, é se isso faz disparar a inflação. Com o aumento do consumo é válido observar o equilíbrio. Disparar a inflação, já é exagero.

 ·       O crime de exploração sexual de menor, os psicopatas de boa aparência e os assassinos, tudo isso é horror. Repugnante como o tal professor Carlos Veiga Filho, já expulso da instituição onde se dizia instrutor de adolescentes, agora preso. Pior ainda, usava rituais religiosos para cometer crime. Fala-se em perdão para muitas circunstâncias. Neste caso é impossível pensar em perdão.

   

 

 

 

 

 

              


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